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Em greve, Sintraseb vai à Câmara de Vereadores em busca de apoio

Sergio Bernardo disse que categoria não está disposta a abrir mão da reposição da inflação nos salários

O coordenador geral do Sindicato Único dos Trabalhadores do Serviço Público de Blumenau (Sintraseb), Sérgio Maurici Bernardo, ocupou a tribuna livre na sessão desta terça-feira, dia 17, para pedir apoio do Legislativo à reivindicação da categoria em relação à reposição salarial de 1,69%. A data-base da categoria foi no mês de maio.

No plenário, um grupo de servidores em greve acompanhou o pronunciamento do sindicalista. Sergio Bernardo afirmou que o prefeito municipal Mário Hildebrandt (PSB), ao negar o reajuste na data base, está violando os direitos constitucionais de 8 mil servidores públicos ativos e aposentados.

“A presidente do STF, Carmen Lúcia, disse que a revisão deve ocorrer na data base, então não é que pode, mas deve, há uma grande diferença entre pode e deve”, argumentou.

“O documento atual informa que o aumento com cargos comissionados foi de 18,8%. Se há condições de aumentar os gastos com comissionados nesse patamar em um ano, porque não garantir a reposição dos servidores de 1,69%?”, questionou, informando que os 313 novos cargos comissionados dessa gestão impactam na folha de pagamento mensal da prefeitura em R$ 1,9 milhão.

“O impacto da reposição de 1,69% para todos os servidores significa R$ 900 mil por mês”, reiterou.

Finalizou seu pronunciamento destacando que a pauta dos servidores públicos tem 24 itens que podem ser discutidos na mesa de negociação com o Executivo, com exceção da reposição salarial.

“O reajuste tem que ser atendido, não pode ser discutido e contamos com apoio dos senhores vereadores”.

Contraponto

Em nota, a prefeitura de Blumenau informou que “houve equívoco na extração da informação do Portal da Transparência referente aos dados de servidores comissionados repassados ao sindicato. A informação correta é de que em 2017, havia 312 servidores comissionados, a um custo total para o município de R$ 1,67 milhão. Em 2018, são 313 comissionados, a um custo de R$ 1,98 milhões, o que gera uma diferença de R$ 315 mil mensais em um ano, e não R$ 965 mil como vem sendo divulgado. A retificação dos dados já foi encaminhada em ofício ao Sintraseb, pela Secretaria de Administração”.