Servidores paralisados em frente à prefeitura preveem negociação difícil

Uma assembleia durante à tarde deve definir os próximos passos da categoria

A adesão começou tímida, mas aos poucos os servidores municipais vão chegando à Praça Victor Konder, em frente à prefeitura, para o primeiro dia de paralisação. A mobilização acontece depois da categoria ter rejeitado a proposta de dissídio apresentada pela prefeitura. O município ofereceu o reajuste da inflação (1,69%) sobre os salários e vale alimentação, mas só a partir de 2019. Os servidores querem que o reajuste seja feito este ano. Nesta terça-feira, 19, além do protesto, haverá uma assembleia no local às 15h30.

Se a prefeitura fizer uma nova reunião com os representantes ainda nesta terça, a assembleia avaliará o que foi discutido. Se não houver o encontro, os servidores agendarão uma nova paralisação, explica o coordenador do sindicato da categoria (Sintraseb), Sérgio Maurici Bernardo.

Entre os que estão em frente à prefeitura, o clima é de descontração. Há quem faça selfies registrando o momento, quem se distraia com o celular nas mãos e quem converse com os colegas sobre assuntos rotineiros. Porém, quando o assunto é o motivo pelo qual estão ali, o tom muda para preocupação. A negociação não será fácil, acreditam.

Em meio a roupas informais, há um grupo que chama a atenção: o da Guarda Municipal de Trânsito. Às 9h eram cerca de 20 agentes presentes, uniformizados. Segundo Sandro Fávero, da Associação dos Guardas, eles decidiram se unir ao sindicato para reforçar pontos específicos da pauta de reivindicação. Um dos 24 pedidos é o plano de carreira do Seterb.

Até o meio da manhã mais de 600 pessoas já haviam assinado a lista de presença. A paralisação começou no primeiro minuto desta terça e segue até a meia-noite.

Contraponto
A prefeitura alega que nenhuma reunião foi solicitada pelo sindicato. “Nós não fechamos a negociação em nenhum momento, só que eles têm que trazer a contraproposta”, defendeu o prefeito Mário Hildebrandt.

O chefe do executivo voltou a enfatizar que a situação financeira do município o impede de negociar com as atuais exigências sindicais. Hildebrandt, em outras ocasiões, falou da frustração de receita de R$ 15 milhões, além do corte de cerca de R$ 18 milhões do ISS, as alterações no cálculo do Pasep que resultou em ônus de R$ 20 milhões para este e os próximos anos.

O aumento na alíquota do Instituto de Seguridade Social dos servidores, o Issblu, e o crescimento nos planos de carreira também contribuem para a atual situação.

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