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Sindicato dos trabalhadores da enfermagem prepara paralisação da categoria em Blumenau

Entidade participa de mobilização nacional contra suspensão do piso salarial

O Fórum Nacional da Enfermagem está preparando, juntamente com entidades e sindicatos de todo o país, a realização de uma manifestação na próxima quarta-feira, 21. Em Blumenau, o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde (SesBlu) confirmou a participação, mas ainda está avaliando com os trabalhadores as estratégias de mobilização.

A ideia central é realizar uma paralisação nacional dos trabalhadores de enfermagem, para chamar a atenção dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, em relação à suspensão do piso salarial da categoria. Nesta quinta-feira, 15, o Supremo Tribunal Federal votou e por maioria manteve a decisão que suspendeu a criação do salário-base.

Eduardo Toscilo, advogado do SesBlu, aponta que os detalhes de como a paralisação vai funcionar em Blumenau, como horários e adesão, ainda estão sendo discutidos com os trabalhadores. Segundo ele, é uma discussão que precisa ser bem alinhada, pois o tema ainda é recente e incomum, já que a mobilização não é contra os empregadores, mas pela categoria.

“É a primeira vez que acontece, então nem conseguimos ter uma expectativa de adesão. O que a gente percebe até aqui é uma indignação geral da categoria, que até pouco tempo era considerada de heróis, que foi linha de frente na pandemia, arriscou a própria vida, a dos familiares, e que agora não está se sentindo valorizada”, afirmou Toscilo.

Os dirigentes do sindicato estão conversando com diversos grupos de trabalhadores e até a segunda-feira, 19, irão definir a forma que o movimento será realizado, tanto em Blumenau, como em outras cidades da região. Em Rio do Sul, por exemplo, há uma mobilização em conjunto com o sindicato dos trabalhadores públicos.

“Aqui em Blumenau nós falamos pelo setor privado e o Sintraseb (Sindicato dos Servidores Públicos de Blumenau) pelos servidores públicos. Mas sabemos que eles também estão se movimentando. Vale destacar que o SesBlu atende várias cidades, desde Brusque até Rio do Sul”, salientou Toscilo.

A reportagem entrou em contato com o Sintraseb que confirmou também estar se mobilizando junto aos servidores. Uma reunião com a categoria será realizada em breve para deliberar as estratégias para o dia 21.

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Suspensão do piso salarial

O piso salarial para a enfermagem foi sancionado pelo governo federal no início do mês de agosto. A lei fixa pisos salariais, mas teve vetada a emenda que definia que os pisos seriam atualizados anualmente com base na inflação calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

Segundo a lei, o piso salarial seria de: R$ 4.750 para enfermeiros; R$ 3.325 para técnicos em enfermagem; e R$ 2.375 para auxiliares de enfermagem e parteiras.

Entretanto, o Supremo Tribunal Federal, por meio do ministro Luís Roberto Barroso, suspendeu a validade da lei, após pedido da Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos de Serviços (CNSaúde). No entendimento da entidade, a fixação de um salário-base para a categoria terá impactos nas contas de unidades de saúde particulares pelo país e nas contas públicas de estados e municípios. Nesta quinta-feira, 15, os demais membros do STF discutiram o tema e decidiram manter a suspensão, por 7 votos a 4.

“Nós entendemos que a nossa luta é política. Não é judicial. Não estamos lutando contra empresas, hospitais, entidades. Temos que pressionar os poderes Legislativo e Executivo, que precisam indicar de onde virão essas verbas. No nosso entendimento, é isso que está barrando. Porque eles discutiram e sancionaram a lei sem fazer isso. Depois, eles deveriam ter indicado ao STF de onde virão os recursos, mas também não fizeram”, explicou o advogado do SesBlu, Eduardo Toscilo.

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