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STF determina suspensão do Telegram caso não apague mensagem contra PL das Fake News

Em caso de descumprimento, as atividades da empresa deverão ser suspensas pelo prazo de 72 horas

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou nesta quarta-feira, 10, ao aplicativo Telegram a exclusão, no prazo de uma hora, de mensagens enviadas pela empresa a respeito do projeto de lei que trata da regulação dos provedores de redes sociais e de serviços de mensageria privada.

Na mesma decisão, o ministro determinou que a empresa deve enviar a seus usuários novo conteúdo explicitando que a mensagem anteriormente enviada caracterizou flagrante e ilícita desinformação.

Em caso de descumprimento, as atividades da empresa deverão ser suspensas pelo prazo de 72 horas, com aplicação de multa de R$ 500 mil por hora. A decisão foi tomada nos autos do INQ 4781.

O que diz a mensagem

Na mensagem disparada nesta terça-feira, 9, o Telegram Brasil alega que o projeto de lei representa “um ataque à democracia”. Segundo a plataforma, o PL “concede poderes de censura” ao governo federal e cria um sistema de vigilância permanente que “matará a Internet moderna”, se o PL for aprovado pelo Congresso Nacional.

Mensagem enviada pelo Telegram aos seus usuários. | Foto: Reprodução

O Telegram ainda ameaça que se o PL passar com a redação atual, no Congresso Nacional, “empresas como o Telegram podem ter que deixar de prestar serviços no Brasil”.

Cobrança

A empresa foi cobrada ainda nesta terça-feira pelo Ministério Público Federal (MPF), de São Paulo, por informações sobre o disparo em massa.

No ofício encaminhado à plataforma digital, o MPF questionou se a big tech dispõe de canal para contestação por parte daqueles usuários que discordam do posicionamento da rede.

O MPF-SP ainda perguntou se a empresa descreve aos consumidores, nos termos de uso do aplicativo, uma autorização de impulsionamento de mensagens não relacionadas a atualizações técnicas ou comunicações sobre recursos da aplicação.
O órgão indaga o motivo pelo qual o disparo foi efetuado a todos os usuários da plataforma, e não apenas àqueles inscritos no canal Telegram Notifications.

O ofício foi assinado pelo procurador da República, Yuri Corrêa Luz, da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão em São Paulo, do MPF.

O Telegram Brasil terá o prazo de 10 dias para responder aos questionamentos do MPF-SP.

*Com informações da Agência Brasil

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