Suspeito de matar professor indígena no litoral é morador de Gaspar
Gilmar Cesar de Lima, 22 anos, teria agredido indígena por discussão envolvendo cachorro
A Polícia Civil identificou o suspeito de assassinar o professor Marcondes Namblá, que foi espancado em Penha na madrugada do dia 1 de janeiro. Gilmar Cesar de Lima, de 22 anos, mora em Gaspar e é considerado foragido. Ele teve a prisão preventiva decretada.
O suspeito já estava sendo procurado pela Polícia Civil de Gaspar por tentativa de homicídio. No ano passado, durante uma discussão, Gilmar teria ferido gravemente, com golpes de faca, um homem que conhecia. Na mesma época ele também foi preso em flagrante após tentar agredir a namorada com um pedaço de madeira. Em outros inquéritos policiais é investigado pelos crimes de roubo, posse de drogas e furto.
Segundo o delegado responsável pelo caso, Douglas Teixeira Barroco, a polícia chegou à identificação do suspeito por meio de depoimentos de testemunhas e imagens das câmeras de monitoramento. As testemunhas também informaram à polícia o que teria motivado o crime.
“O Gilmar falou a pessoas que passavam na rua que o indígena teria mexido com o cachorro dele”, explica o delegado.
De acordo com familiares, Marcondes (foto abaixo) estava na praia em busca de renda extra. Ele era graduado pela Universidade Federal de Santa Catarina e atuava como professor na escola indígena de José Boiteux e era juiz na aldeia. Foi um dos formuladores da política indígena da Universidade Regional de Blumenau (Furb). Recentemente, havia sido aprovado em concurso público.
Câmeras de segurança flagraram o momento em que o suspeito usa um pedaço de madeira para agredir Marcondes diversas vezes, inclusive depois que ele já está caído no chão. Assista ao vídeo abaixo.
Atenção: IMAGENS FORTES
Correção:
Até às 10h30 desta sexta-feira, 5, o texto informava que o professor teria sido agredido em Piçarras. A cidade correta é Penha.