Suspeito de usar nome de Luciano Hang para receber auxílio emergencial é alvo de operação
Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão na manhã desta terça-feira, 27, em Fortaleza (CE)
A Polícia Federal (PF) cumpriu um mandado de busca e apreensão na manhã desta terça-feira, 27, contra um homem suspeito de usar o nome de Luciano Hang e Neymar para receber auxílio emergencial. As buscas foram realizadas na Grande Fortaleza, no Ceará.
Segundo a PF, além dos dados de Hang e Neymar, o homem também utilizou informações do ministro da Economia, Paulo Guedes. O suspeito abriu contas na Caixa Econômica Federal para receber os R$ 600. A PF diz que nenhuma vítima teve envolvimento na ação.
O empresário brusquense já havia comunicado em julho que após o grupo Anonymous vazar seus dados pessoais, hackers usaram o CPF dele para solicitar o benefício do governo federal.
No endereço do investigado, a polícia apreendeu aparelhos celulares que eram utilizados para realizar as transações e documentos. Conforme a investigação, o homem abriu duas contas usando os dados de Neymar.
O delegado da Polícia Federal responsável pela investigação, Olavo Pimental, informou ainda que foi identificada a aprovação do benefício em nome de Hang e que o valor foi transferido para a conta aberta em nome de Neymar nos meses de abril e maio deste ano.
As investigações apontam que o suspeito tentou aplicar golpe semelhante utilizando o nome do ministro Paulo Guedes.
O homem ainda usou outros nomes para receber o benefício, entre eles o de uma mulher cadastrada como mãe solteira. Com os dados da vítima, o investigado recebeu R$ 1,2 mil em abril e maio.
De acordo com a Polícia Federal, o homem recebeu R$ 5,4 mil com as contas falsas. No entanto, a PF não descarta que podem existir mais nomes e contas falsas, o que implicaria em um valor maior de benefícios.
Documentos falsos
O delegado disse que o suspeito ainda utilizou os dados de Neymar para tirar uma Carteira Nacional de Habilitação (CNH) falsa.
Caso sejam comprovadas as denúncias, o investigado e qualquer outra pessoa envolvida no crime responderão por estelionato majorado, falsificação de documento público, uso de documento falso e organização criminosa.
Relembre o caso
Após hackers tentarem solicitar o benefício do programa Auxílio Emergencial em nome do empresário Luciano Hang, eles teriam constatado que o sistema já possui um cadastro com o mesmo CFP do brusquense. Consta no sistema do benefício que além de possuir cadastro, o empresário já teria recebido as parcelas do auxílio de R$ 600.
Fábio Roberto de Souza, responsável jurídico da Havan, afirma que o empresário não se cadastrou para receber o benefício e que desconhece quem pode ter realizado a ação. O advogado também informou que Hang não recebeu qualquer quantia do auxílio.