Agir sugere aumento de R$ 2 na tarifa do transporte coletivo em Blumenau

Valor do reajuste precisa ser avaliado pela Prefeitura de Blumenau

A Agência Intermunicipal de Regulação do Médio Vale do Itajaí (Agir) concluiu na sexta-feira, 12, o parecer da revisão tarifária extraordinária do transporte coletivo em Blumenau. Conforme o documento publicado, a proposta foi de um reajuste de quase R$ 2, passando de R$ 4,50 para R$ 6,49, no cartão. O valor corresponde a um aumento de 44%.

De acordo com relatório da agência, a sugestão do novo valor levou em consideração a queda no número de usuários e a pandemia de Covid-19, que fez a empresa ter prejuízos financeiros milionários – que só não foram piores devido aos repasses realizados pela Prefeitura de Blumenau, com autorização da Câmara de Vereadores.

“O Parecer Administrativo e Jurídico nº 106/2022 que dá o suporte técnico e legal para que uma decisão possa ser proferida, não poupou esforços para concluir mais este trabalho, que começou com a crise inicial em razão da paralização do serviços de transporte público determinado pelo Governo do Estado, fechamento de locais de trabalho e todas aquelas restrições impostas, e das quais poucas adequações restaram, passando pelos aumentos dos combustíveis, queda no números dos usuários do transporte público pelas mais diversas razões e que trouxeram sérios impactos à gestão do contrato de concessão, não só aqui, mas no mundo todo”, destaca o parecer publicado pela Agir.

O secretário de Trânsito e Transportes de Blumenau (Seterb), Alexandro Fernandes confirmou o recebimento da revisão, mas informou que possui 14 dias para avaliar a proposta e informar a decisão sobre a nova tarifa.

Cabe lembrar que no início do ano passado a Agir recomendou que o reajuste anual elevasse o valor da tarifa para R$ 6,27. O executivo municipal recusou a proposta e apontou o aumento para os atuais R$ 4,50.

Em contrapartida, por deixar de cobrar do usuário um valor maior, desde setembro de 2020 o município já autorizou o repasse de R$ 38 milhões, sendo R$ 4 milhões em 2022.

“A situação é simples, temos hoje duas tarifas, a técnica, que representa o valor de tarifa necessária para o custo do sistema, e a do usuário, que é quanto o usuário paga pela tarifa. Hoje por decisão da prefeitura, a tarifa técnica não é repassada ao usuário, então o município complementa o sistema com essa diferença”, explicou o secretário.

A proposta atual é referente a avaliação tarifária extraordinária. A revisão anual também já foi encaminhada, propondo o aumento para R$ 6,80 – mas foi recusada pela Prefeitura. Segundo Alexandro, a Seterb irá englobar as duas sugestões para definir o novo valor da tarifa do transporte coletivo na cidade.


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