O Brasil vem reduzindo mês a mês sua taxa de desemprego, que no último mês de agosto atingiu o menor patamar em sete anos, 8,9%. Essa taxa representa um número aproximado de 10 milhões de pessoas sem contrato de trabalho formal.

Apesar de ser um número ainda expressivo, boa parte da dificuldade dessas pessoas se alocarem no mercado de trabalho está relacionada a qualificação.

O mercado de tecnologia por exemplo, busca desesperadamente por profissionais qualificados em todo o mundo. Somente no Brasil existem mais de 300 mil vagas abertas nessa área e segundo a Associação das Empresas de Tecnologia da Informação esse número deve ser de 532 mil vagas em 5 anos.

Essa tendência de aumento acontece porque a estimativa é que sejam criados 800 mil novos postos de trabalho nessa área, enquanto o Brasil forma apenas 53 mil profissionais por ano.

Corrida pela Inovação

A corrida pela inovação é um dos principais fatores relacionados ao crescimento do mercado de tecnologia. Até pouco tempo atrás, quem contratava desenvolvedores e arquitetos de software, por exemplo, eram as próprias empresas desenvolvedoras de software.

O surgimento de algumas novas tecnologias nos últimos anos, como a computação em nuvem, internet móvel e smartphones, viabilizou o surgimento de várias Startups com muita rapidez e baixo custo. Somente no Brasil, já existem quase 12 mil dessas Startups ativas.

Além de “roubar” mão de obra das empresas já estabelecidas, essas Startups passaram a trazer muitas soluções inovadoras para o mercado, pressionando empresas de segmentos tradicionais. Vejam por exemplo o movimento no mercado financeiro com o surgimento dos bancos digitais, como Nubank, C6 e Banco Inter.

Esse tipo de movimento faz com que empresas tradicionais de vários segmentos comecem uma corrida pela inovação. Uma forma de reinventar o próprio negócio antes que sejam engolidas por uma Startup ou um concorrente mais ágil.

Essa corrida pela inovação faz com que empresas que não são desenvolvedoras de software passem a contratar times inteiros de tecnologia.

Um exemplo é a Magazine Luiza, uma tradicional varejista que criou o Luiza Labs, um laboratório de inovação com mais de 1 mil profissionais de tecnologia. Aqui na região também vemos esse movimento acontecendo na Havan, com o Havan Labs, e várias outras empresas de diversos segmentos.

Concorrência internacional

Além da concorrência local, outro movimento cada vez mais crescente é a perda de profissionais brasileiros para empresas no exterior.

Esse movimento se intensificou na pandemia, quando praticamente todas as empresas foram obrigadas a experimentar o home office e viram que funciona.

Juntando esse movimento com a falta de mão de obra qualificada, muitas empresas acordaram para a possibilidade de buscar de profissionais em outras localidades.

Por termos uma moeda desvalorizada perante a países mais desenvolvidos, a mão de obra brasileira se torna atrativa para empresas americanas ou europeias, enquanto da mesma forma se torna atrativa para os profissionais, que tem a grande oportunidade de trabalhar de casa, recebendo salário em Dólar ou Euro.

O que fazer?

Para minimizar as dificuldades da formação de mão de obra no país, muitas empresas e entidades do setor têm investido em seus próprios programas de formação.

Aqui em Blumenau, temos como exemplo o programa Entra21, liderado pela Blusoft e o programa GoDev da Senior, ambos programas gratuitos para formação de desenvolvedores.

Ainda assim o déficit na área é muito grande e é preciso que haja mais união entre universidades, empresas e governo para formação de talentos.

Enquanto isso, para quem não trabalha com tecnologia, mas está pensando em mudar de profissão, essa pode ser uma grande oportunidade de iniciar uma carreira promissora.

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