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Segurança da informação: conheça um dos maiores riscos para pessoas e empresas

É difícil conhecer alguém que não tenha sofrido ao menos uma tentativa de golpe via WhatsApp, seja tendo o número de celular clonado ou recebido o contato de uma pessoa tentando se passar por um conhecido e pedindo dinheiro. Segundo a empresa de segurança cibernética DFNDR Security, essas tentativas de golpe já sofreram um aumento […]

É difícil conhecer alguém que não tenha sofrido ao menos uma tentativa de golpe via WhatsApp, seja tendo o número de celular clonado ou recebido o contato de uma pessoa tentando se passar por um conhecido e pedindo dinheiro.

Segundo a empresa de segurança cibernética DFNDR Security, essas tentativas de golpe já sofreram um aumento de 50% em relação ao ano passado, e como muitas pessoas não fazem uma denúncia formal, o número deve ser ainda maior.

O fato é que, ao mesmo tempo em que a tecnologia que nos proporciona conforto e facilidades – como a comunicação via WhatsApp, PIX e compras online – diversos riscos surgem através de tentativas de golpes que nos obrigam a estarmos cada vez mais atentos.

Todo cuidado é pouco quando falamos em transações financeiras via internet. Quando alguém pede dinheiro, é fundamental se certificar de que se está falando com a verdadeira pessoa.

Compras online também merecem muito cuidado. Hoje muitos sites falsos se “disfarçam” de lojas conhecidas para aplicar golpes, então procure sempre se certificar que está comprando de uma loja confiável. Usar senhas fortes e não as compartilhar com ninguém também é muito importante em qualquer site ou loja em que tenha realizado um cadastro.

Golpes também nas empresas

Os ataques cibernéticos não são exclusividade das pessoas. É cada vez mais comum a tentativa de ataques a empresas e sites governamentais.

Somente no primeiro semestre de 2022, o Brasil registrou mais de 31,5 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos a empresas. Este volume é quase o dobro quando comparado ao primeiro semestre do ano passado. Este levantamento foi realizado pelo laboratório de inteligência e ameaças, FortiGuard Labs.

E são as grandes empresas que têm sido vítimas de golpes mais elaborados e que causam maiores prejuízos. Os tipos de golpe mais comuns que tem sido aplicados são o vazamento de informações e os ataques de ransomware, quando os dados da empresa são “sequestrados” e os invasores solicitam um valor para resgate.

Em alguns episódios mais recentes e divulgados publicamente, o Grupo Fleury, empresa multinacional na área da saúde, chegou a ficar com seus sistemas indisponíveis por um ataque de ransomware, e uma captura de tela mostrava que o invasor teria exigido um resgate equivalente a 5 milhões de dólares, porém a empresa afirmou estar com sua base de dados íntegra e não passou mais detalhes sobre o episódio.

O mesmo grupo que realizou o ataque na Fleury também já havia praticado o mesmo crime no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) e na conhecida empresa JBS, que pagou um resgate de 11 milhões de dólares para evitar vazamento dos dados.
Grandes varejistas também sofreram recentemente com ataques cibernéticos.

A Renner chegou a ficar alguns dias com seu e-commerce fora do ar e a Americanas divulgou uma nota assumindo um prejuízo de R$ 923 milhões com ataques cibernéticos sofridos em 19 e 20 de fevereiro de 2022.

Mais investimentos e mão de obra especializada são necessários

Este tema tem sido tão relevante que toma um espaço crescente nas reuniões executivas das grandes empresas, que passam a enxergar a segurança da informação como um risco comercial e não somente como um desafio técnico.
Um estudo realizado pela PWC, empresa de consultoria global, mostra que 83% das empresas brasileiras preveem um aumento nos gastos com segurança da informação em 2022.

Porém, além do alto investimento necessário em tecnologias e sistemas de ponta, a conscientização das pessoas é fundamental para proteger os dados das empresas.
Assim como devemos ter cuidados com nossos dispositivos e senhas pessoais, é fundamental que os usuários de tecnologia nas empresas tenham ciência dos riscos, pois qualquer falha pode ser uma porta de entrada para um ataque cibernético.

Outro desafio das empresas para se protegerem está relacionado a dificuldade de se encontrar mão de obra especializada. Hoje uma das profissões mais disputadas pelas organizações tem sido profissionais especialistas em segurança da informação.
Segundo o ISC, principal instituto mundial voltado à educação em cibersegurança, a falta de profissionais de segurança da informação chegará a 1,8 milhões em 2022, sendo 185 mil só na América Latina.

Está aí uma grande oportunidade de carreira. E aí, vai encarar?

Por Rafael Liberato

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