Tratamentos inovadores para o câncer de cabeça e pescoço são oferecidos pelo Estado, em Santa Catarina

Médica oncologista Yeni Verônica Nerón, responsável pelo Serviço de Pesquisa Clínica do Cepon, diz que há 10 estudos com seleção aberta

A Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina (SES), por meio do Centro de Pesquisa Oncológica (Cepon), oferece, além do tratamento tradicional para o câncer de cabeça e pescoço, a opção de tratamentos inovadores via pesquisa clínica. O Serviço de Pesquisa Clínica do Cepon traz avanços significativos para o tratamento do câncer, beneficiando pacientes que preenchem os critérios de inclusão para participar em estudos.

O Julho Verde, mês dedicado à conscientização para a prevenção do câncer de cabeça e pescoço, destaca a importância da busca por novos tratamentos. Em Florianópolis, de acordo com a previsão do Instituto Nacional do Câncer (Inca), são estimados 330 novos casos, excluindo câncer de pele melanoma, retratando a importância da orientação, prevenção e oportunidade de tratamentos.

Pesquisa sobre tratamentos inovadores

A médica oncologista Yeni Verônica Nerón, responsável pelo Serviço de Pesquisa Clínica do Cepon, destaca que há 10 estudos com seleção aberta e 13 em andamento com participantes em tratamento, além de 15 novos estudos com início ainda neste ano. “A Pesquisa Clínica representa uma oportunidade de novos tratamentos, melhoria no cuidado da saúde e validação científica de novas terapias”, afirma.

Foto: Ricardo Wolffenbüttel / SECOM

Atualmente, a Pesquisa Clínica do Cepon está convidando pacientes com câncer de cabeça e pescoço que não passaram por cirurgia para o estudo EVOLVE CCP. O pesquisador clínico Fabrício Grando explica os critérios de inclusão. “Para participar, o paciente deve ter sido diagnosticado com carcinoma de cabeça e pescoço, da cavidade oral, faringe ou laringe, ter recebido quimioterapia e radioterapia como tratamento, sem passar por cirurgia, e ter concluído o tratamento definitivo em até 12 semanas antes da randomização”, detalha.

Os pacientes inseridos no estudo, após o término do tratamento de quimioterapia e radioterapia, são randomizados, ou seja, divididos entre dois grupos. Em um deles, é oferecida imunoterapia como tratamento de manutenção; no outro grupo, o paciente segue em acompanhamento. “O objetivo principal deste estudo é avaliar se a imunoterapia, após quimioterapia e radioterapia, melhora os resultados do tratamento, aumentando a chance de cura do paciente”, explica Grando.

O estudo é realizado internacionalmente e recebe pacientes não só do Cepon, mas também de outros hospitais do país que atendem aos critérios de inclusão.

“A pesquisa no Cepon é pioneira em Santa Catarina e bem conceituada nacionalmente, recebendo grande parte dos estudos em andamento no país. Isso nos permite oferecer aos nossos pacientes tratamentos inovadores, colocando-nos na vanguarda da oncologia”, conclui o pesquisador.

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