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Travessia no Parque Nacional da Serra do Itajaí marca 50 anos da Acaprena

Confira programação de aniversário da associação

Para celebrar os 50 anos de existência, a Associação Catarinense de Preservação da Natureza (Acaprena) divulgou atividades especiais. Entre elas, uma travessia no Parque Nacional da Serra do Itajaí. O objetivo é aumentar a visibilidade sobre a luta ambiental no local.

O passeio será realizado no dia 1 de abril, um sábado. A caminhada de travessia Oeste-Leste do parque sai às 6h do pátio da Biblioteca Central da Furb. O retorno está marcado para as 17h30.

A atividade é aberta a toda a comunidade, com valor de inscrição de R$ 80. O contato deve ser feito pelo WhatsApp da Acaprena: 47 3321-0434. Confira no fim da matéria detalhes do trajeto.

Primeira organização ambientalista do estado, a Acaprena se consolidou como uma das mais atuantes em defesa da causa ambiental no Sul do país. Em breve, a associação planeja lançar um livro contando sua história.

Parque Nacional da Serra do Itajaí

Apesar de ter sido criado em 2004, o Parque Nacional da Serra do Itajaí ainda não foi implementado. Ele protege cerca de 57 mil hectares de florestas, preservando a maior área contínua de Mata Atlântica do Estado e envolvendo nove municípios catarinenses: Apiúna, Ascurra, Blumenau, Botuverá, Gaspar, Guabiruba, Indaial, Presidente Nereu e Vidal Ramos.

“Assim como grande parte das unidades de conservação da natureza no Brasil, sofre uma injustificável demora para a sua implementação. E a primeira parte dessa implementação seria a justa indenização dos proprietários”, constata o ambientalista e um dos sócios-fundadores da Acaprena, professor aposentado da Universidade Regional de Blumenau (Furb), Lauro Bacca.

Há uma lista de espécies ameaçadas protegidas nesta unidade de conservação, como o Papagaio-de-peito-roxo, Gavião-pomba, Gato-maracajá e a Onça-parda. Segundo o professor Bacca, com a demora na implementação, alguns proprietários se sentem injustiçados pelo atraso na sua indenização e procuram os setores públicos, incluindo prefeitos, vereadores e deputados, reclamando disso.

“E alguns políticos entenderam que o melhor seria mudar categoria de parque para que não precisasse indenizar os proprietários. Ora, isso vai totalmente contra as características técnicas da área, que recomendam que a melhor categoria é parque”, esclarece Bacca.

De acordo com o professor, trata-se de uma das regiões mais frágeis de Santa Catarina em termos geológicos, além de ser uma das regiões que não há praticamente moradores, apresentando uma densidade habitacional quase “amazônica”, nas palavras do professor. Isso acontece porque a área é imprópria para ocupação, as ocupações que ocorreram revelaram-se danosas ao meio ambiente, provocando grandes deslizamentos de terra.

Detalhes da travessia

6h – Estacionamento na lateral da Biblioteca Central da Furb (acesso principal pela rua São Paulo);

– Partida a bordo de van ou micro-ônibus, em direção a Apiúna-SC;

08h – início do trajeto dentro do Parque Nacional ainda embarcado, no vale do Jundiá, afluente do rio Neisse;

08h20 – início do trajeto a pé, seguindo pelo vale do rio Jundiá em território de Apiúna, até o principal descanso, no Faxinal de Bepe, no Centro do Parque Nacional, já nas cabeceiras do vale do rio Warnow em território de Indaial;

– Continuação do trajeto passando do vale do Warnow para as cabeceiras do vale do rio Encano até chegar próximo à área de treinamento do Exército Brasileiro (23BI de Blumenau), onde o transporte estará nos aguardando.

17h30 (aproximadamente) – Embarque no transporte, cruzamento embarcado na divisa de Indaial com Blumenau, cabeceiras do ribeirão da Velha e vale do Garcia / bairro Progresso, em direção a Furb / Blumenau.

Total aproximado de caminhada: 25 a 28 quilômetros.

O que levar:
– Tênis ou calçado amaciado e confortável para caminhada;
– Água e lanche energético suficientes para passar o dia todo;
– Roupa e um agasalho leve para caso de frio;
– Boné ou chapéu;
– Protetor solar;
– Repelente;
– Capa de chuva ou guarda-chuva e mais uma muda extra de roupa para ficar na van/micro-ônibus para o caso de nos molharmos em eventual chuva;
– Remédios que costuma usar ou precisar.
Os que desejarem, para diminuir o peso na mochila, podem levar duas garrafinhas de água, que poderão ser abastecidas com água de córregos, desinfetadas com hipoclorito de sódio fornecido pela organização.

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