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Três anos depois, como estão empresário e funcionário de Blumenau que descobriram ser irmãos após três décadas

Notícia de empresário que descobriu que funcionário era seu irmão rodou o país

Em fevereiro de 2019, Blumenau virou notícia nacional após dois irmãos que trabalhavam juntos descobrirem serem irmãos. Antonio Nunes e Maicon Luciani eram amigos há quase uma década, mas foi só quando o segundo foi contratado na Tonho Gás que eles descobriram o parentesco.

Nesta terça-feira, 15, o encontro dos irmãos completou três anos. Além do primogênito Antonio, o caçula Maicon também acabou conhecendo mais um irmão: Jefferson. Desde então, a relação do trio viveu altos e baixos até o final feliz atual.

“Eu sabia que minha mãe tinha informações da minha família biológica e ela chegou a perguntar se eu queria conhecer eles, mas não queria chatear ela. O que eu não fui atrás, o destino veio. Não tem como fugir”, conta Maicon.

No ano passado ele perdeu o pai adotivo, mas felizmente voltou a trabalhar na Tonho Gás da Humberto de Campos. “E mesmo na nossa situação nada muda. O caçula sempre é o zoado da família. Ainda mais que Tonho e eu somos escorpianos”, brinca.

Já o irmão do meio, Jefferson, conheceu Antonio há seis anos e acabou entrando para a família Tonho Gás também. Ele e a esposa atuam na unidade da rua Jorge Lacerda, na Velha Central.

“Na correria do trabalho nunca reparei na semelhança entre o Maicon e nós dois. Como ele tinha mais barba na época a gente nem desconfiava”, conta. “Nos primeiros dias demorou para cair a ficha, porque não sabíamos nem se esse terceiro irmão morava em Blumenau, e de repente ele caiu no nosso colo“.

Jefferson estava dormindo quando recebeu a ligação de Antonio contando que o caçula havia sido encontrado. Como o trio trabalha junto diariamente, mantém contato frequente. Assim como com a mãe biológica.

“Sempre tive uma relação ótima com a Zula. No início ela até me pediu perdão, mas eu nunca tive rancor nem nada do tipo. Desde pequeno sabia que era adotado e entendia que a minha mãe biológica era muito jovem e não tinha recursos pra cuidar de mim”, relata Jefferson.

“Agora minha vida está completa”

A mãe biológica dos três, Zula Nunes, nunca esteve tão feliz. Sem condições para criar os meninos nos anos 1980, Antônio acabou ficando com a avó e os outros dois foram adotados. Mas ela sempre sonhou em reunir a família.

“Tinha um vão na minha vida que foi preenchido. Estou com suspeita de câncer na garganta, mas se morresse hoje morreria feliz. Cumpri meu papel na terra, ver meus três filhos juntos”, conta emocionada.

Encontro de Jefferson (esq) e Antonio (dir). | Foto: Arquivo pessoal

Ela é só elogios para os filhos, que diz tratarem ela muito bem. A maior comemoração é a oportunidade de conviver com os cinco netos – três filhos de Antonio e dois de Jefferson.

Após anos trabalhando com o primogênito, Antonio decidiu aposentar a mãe para que ela cuidasse dos pais idosos. Há cerca de dois anos ela perdeu o pai, porém, em poucos meses, Zula terá um novo lar.

“O Tonho me deu uma casa de presente do lado da dele. Estamos todos mais unidos do que nunca. Minha vida tá completa”, celebra.

Zula conhecendo o filho Maicon. | Foto: Arquivo pessoal

Relembre o caso

Jefferson encontrou o irmão Antonio após a morte do pai adotivo. A mãe decidiu contar os detalhes sobre a família biológica e os dois logo se conheceram. Foi então que eles iniciaram a busca pelo caçula, sobre o qual tinham poucas informações.

Foi durante uma viagem a trabalho com o novo funcionário, Maicon, que Antonio começou a juntar as peças. Reparou em um cacoete igual ao de um tio e começou a levantar as informações que tinha.

“Eu olhei pra ele e falei: ‘Gordo, tu és meu irmão, cara’. E ele achou que eu estava louco. Eu perguntei: ‘O nome do teu pai não era João? Tu não conheceu a cabeleireira no Cedup no dia das eleições?’ E a história fechou”, contou Tonho.

Leia a história completa:

Empresário de Blumenau descobre que funcionário é o irmão perdido há 31 anos


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