Um mês após assalto ao Bradesco, em Blumenau, polícia afirma que investigações avançaram
Polícia Civil não divulga detalhes das investigações, mas aponta evolução na busca pelos suspeitos
Um mês após o grande assalto registrado uma agencia do Banco Bradesco, na Itoupava Central, ocorrido exatamente no dia 6 de setembro, as coisas na região voltaram ao normal. Pelo menos é o que aponta Paulo Vavassori, proprietário de uma loja de celulares em frente ao local do crime. “No começo até as pessoas passavam e ficavam olhando pro banco assustadas, tiravam fotos, perguntavam o que aconteceu. Agora já voltou ao normal”, conta ele.
O banco ficou fechado apenas no dia do assalto. Nos dias seguintes abriu com restrições, mas atualmente está atendendo normalmente.
O crime está sendo investigado pela Diretoria Estadual de Investigação Criminal (DEIC), em Florianópolis. Segundo o delegado responsável, Anselmo Cruz, as investigações já avançaram bastante, porém, não se pode dar detalhes para não atrapalhar o decorrer das diligências.
“O que a gente pode adiantar é que é uma quadrilha de fora do estado. E uma quadrilha profissional, que arquitetou muito o assalto”, afirmou o delegado. Ele ainda descartou a possibilidade dos suspeitos serem os mesmos que cometeram o assalto no aeroporto quero-quero.
Comunidade busca mais segurança
Mesmo com a vida voltando ao normal, a ocorrência há um mês deixou os moradores e comerciantes assustados. Vavassori conta que o maior medo é a percepção dos bandidos da facilidade com que o crime e a fuga aconteceram.
“O crime ficou bastante conhecido, a gente teme que eles voltem. Ou até que outros criminosos tentem vir pra cá pra assaltar o banco ou os outros comércios, já que viram como foi fácil”.
Tentando aumentar a segurança na região, o Conselho de Desenvolvimento da Itoupava Central (CODEIC), resolveu reunir os moradores e comerciantes que ficam entre a empresa ABB Transformadores até a agência do Banco Bradesco e criar o projeto Rede de Vizinhos. O objetivo é fazer com que a comunidade esteja mais atenta a movimentações estranhas.
“A gente quer que qualquer coisa diferente do habitual possa ser divulgada entre os vizinhos, pra evitar que os crimes aqui fiquem frequentes”. Contou o presidente do CODEIC, Friedrich Gierus.
Ainda segundo ele, só estão aguardando a reunião com a Polícia Militar para efetivar o projeto.
Relembre o caso
Eram cerca de 11h do dia 6 de setembro quando bandidos armados com fuzis invadiram e assaltaram a agência do banco Bradesco, localizada na rua Doutor Pedro Zimmermann, no bairro Itoupava Central. Segundo testemunhas, os criminosos renderam os clientes e funcionários, e chegaram a agredi-los dentro da agência. A Polícia Militar só chegou ao local após o fato.
Um vídeo mostra o momento em que os reféns são feitos de escudo humano para que os criminosos fujam em uma Nissan Frontier. Eles disparam por diversas vezes para o alto, assustando os presentes no local. Confira:
Após a fuga, o veículo foi abandonado e incendiado na rua Emilio Roweder, no bairro Belchior, em Gaspar. A caminhonete foi trocada por um HB20. Os dois carros tinham registros de roubo e placas clonadas.