Usuários de ônibus precisam buscar outra saída
Para suprir a falta de horários ou a disponibilidade de rotas próximas, os moradores da cidade buscam maneiras alternativas para irem até o ponto ou terminal de ônibus mais próximo. É o caso de Elenice Luisa de Freitas, 38 anos. Ela mora no Bairro Progresso e trabalha como auxiliar de limpeza na empresa Eleva Química, localizada na Rua XV de Novembro, no Centro.
A linha que Elenice utiliza diariamente, a 402, não possui horários que coincidem com a rotina de trabalho dela. Por isso, o marido da auxiliar de limpeza, Cláudio Schimite Soares, 40 anos, que trabalha como ajustador no 3° turno da empresa Altona, leva Elenice de carro até o 23º Batalhão de Infantaria no Garcia. Ali, ela consegue pegar a linha Troncal 10.
Elenice começa a trabalhar às 8h. Para chegar no horário, ela tem que pegar o ônibus às 6h50. Conforme a trabalhadora, ela demora entre 50 e 55 minutos para chegar até o emprego. A vida não é fácil para ela também na hora de voltar para casa. Elenice reclama do tempo que tem que esperar pelo ônibus.
Como auxiliar de limpeza, Elenice trabalha até as 17h48. Mesmo saindo pontualmente, ela tem que caminhar até o Terminal do Garcia e não consegue chegar a tempo para pegar o ônibus da linha 402 que sai às 18h10. Com isso, ela tem que esperar o próximo ônibus desta linha, que sai do terminal somente às 18h40.
“A gente já paga um valor alto pela passagem de ônibus e não percebe melhoria. Parece que só reduzem os horários de ônibus. Antes, os ônibus passavam a cada 15 minutos. Mas, agora, é a cada meia hora ou a cada 40 minutos”, critica Elenice.
Histórias semelhantes às de Elenice e de Maria Júlia são vivenciadas diariamente por boa parte dos milhares de usuários do transporte público de Blumenau. Pessoas que investem dinheiro, tempo e que, muitas vezes, tem que andar quilômetros ou contar com a ajuda de familiares ou conhecidos para conseguir transitar de ônibus pela cidade.