“Vamos devagar para fazer bem feito”; novo dono do Grande Hotel atualiza situação da reconstrução do imóvel de Blumenau
Atualmente, o prédio passa por uma lenta revitalização
Conhecido por ter sido um dos mais altos hotéis de Santa Catarina entre 1902 e 1959, o Grande Hotel, localizado na esquina entre a rua XV de Novembro e a Alameda Rio Branco, no Centro, é um clássico marco na história da cidade de Blumenau.
Atualmente tendo apenas a parte inferior como sede do Banco Bradesco, está em processo de revitalização depois ter sido comprado em 2019 por meio de um leilão. Seu novo dono, Lindomar de Oliveira Vasconcelos, de 66 anos, conta como está animado e honrado por poder revitalizar um local com tantas histórias guardadas.
“Nosso maior projeto é a revitalização do Grande Hotel. Queremos preservar toda a estrutura criada por Hans Broos, arquiteto do imóvel. Queremos dar o melhor de nós para o hotel e para a cidade”, afirma.
Por que Blumenau?
Como já é um empreendedor há muito tempo, e possui uma rede de lojas de confecção no Norte e no Nordeste, Lindomar sempre esteve em contato com Blumenau, já que a cidade foi referência na área de produtos têxteis. “Frequento Blumenau há no mínimo 40 anos e tenho uma adoração muito grande pela cidade”, comenta ele.
Foi dessa paixão pela cidade que ele resolveu investir em empreendimentos no município. Por ser uma grande símbolo das raízes e das famílias de Blumenau, Lindomar comprou o Grande Hotel. “Eu pensei: ‘o empreendimento chave de ouro, seria comprar o Grande Hotel’. Pra mim, é um grande prazer ter adquirido ele”, reforça.
Projetos para o Hotel
O Grande Hotel foi comprado no final de 2019. Contudo, quando Lindomar começou a pensar projetos para o imóvel, a pandemia da Covid-19 chegou. Por conta disso, ainda não há uma previsão sobre o começo das obras ou sobre a entrega do Hotel totalmente revitalizado. “Não houve tempo para conseguirmos colocar nosso projeto no papel. Ainda não temos um desenho de como ficará”, comenta.
Ele ainda reforça que ele e sua equipe estão esperando a situação se estabilizar para começar os projetos. Contudo, como já faz dois anos desde a compra do hotel, eles já estão mexendo em pequenas coisas da estrutura.
“Estamos trabalhando aos poucos na revitalização, além de estarmos pensando em uma planta para o projeto do hotel. Como se trata de um importante imóvel, precisamos fazer tudo com muita tranquilidade, para não fazer alguma coisa mal feita”, brinca Lindomar.
Aos poucos, a estrutura sofre alterações. Portas antigas, forros e carpetes já estão sendo retirados. Além disso, as pias e vasos sanitários estão sendo trocados também, assim como o conserto dos estragos deixados pelo tempo e por pessoas, enquanto o hotel estava fechado, está sendo feito.
Enquanto essas mudanças são feitas, também ideias para o projeto vão surgindo. “Nós queremos fazer fechamento de muros das paredes que ficam atrás do hotel, por exemplo”, comenta Lindomar.
Ele ainda destaca que tudo que é feito no hotel é supervisionado por alguém de sua confiança, que vive próximo ao local há cerca de três anos, para cuidar de tudo.
Previsões de entrega
Devido a todas as complicações que a pandemia da Covid-19 trouxe e pelo espaço ser muito grande, não há uma previsão de entrega das obras de revitalização. “Precisamos fazer as coisas com o pé no chão, devido à importância do local”, reforça.
Lindomar reforça que quer fazer as coisas muita tranquilidade e “pé no chão”. Segundo ele, engenheiros e arquitetos já foram contatados, para ser possível manter toda a história do hotel através das obras.
“Ficamos felizes em fazer parte da cultura e do dia a dia dos blumenauenses. É um hotel muito interessante, todo mundo tem uma história nele, então vamos fazer devagar para fazer bem feito”, conclui.
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