Veja quais foram as 50 profissões que mais contrataram e demitiram em Blumenau em 2017
Conforme dados do Caged do Ministério do Trabalho, cargos relacionados à indústria e comércio tiveram os melhores saldos
Blumenau está entre as cidades catarinenses que mais contrataram em 2017, atrás da campeã Joinville, São José, Chapecó e Mafra. Conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho, cargos relacionados à indústria tiveram os melhores saldos (veja tabela abaixo).
Alimentador de linha de produção foi a profissão que mais movimentou o setor, com 551 postos de trabalho gerados. Já os auxiliares de escritório tiveram 251 novas oportunidades. Outra função relacionada à indústria que figurou entre as três mais requisitadas foi a de auxiliar de corte (preparação da confecção de roupas), com saldo de 191.
A quarta profissão que mais gerou empregos foi a de fundidor de metais. Entre as dez primeiras colocadas, esta apresenta o melhor salário: R$ 2.136. A média salarial do top 10 foi de R$ 1.362,78.
Saldos negativos
Entre as demissões, os supervisores administrativos foram os que mais perderam cargos, com 100 vagas a menos. Entre janeiro e dezembro de 2017 houve 134 contratações, mas, em contrapartida, 234 foram demitidos. A média salarial é mais alta, quando comparada com a dos saldos positivos: R$ 1.600. Enquanto no top 10 anterior a melhor remuneração era de R$ 2.136, nesta é de R$ 3.073 – da função que mais teve demissões.
O segundo colocado no ranking de piores saldos é coletor de lixo domiciliar, com 99 empregos fechados no ano passado. Pedreiro também está entre os cargos com o pior saldo. O número não é surpresa, já que 2017 foi ruim para a construção civil. Só em Blumenau, no total, foram 155 empregos a menos na área, 77 deles na função de pedreiro.
Números não surpreendem
Os saldos positivos não surpreendem a Associação Empresarial de Blumenau (Acib). Os empresários percebem a pequena recuperação com otimismo. Segundo o presidente da Acib, Avelino Lombardi, a expectativa é que as contratações em Blumenau continuem aumentando, acompanhando a evolução econômica catarinense. Sobre o resultado do ano passado, Lombardi comenta:
“A indústria acaba sempre sendo o alavancador de desenvolvimento mais intenso, porque quando as indústrias vão bem, a gama de serviço que cerca o setor industrial também vai bem, o comércio acaba sendo beneficiado também”.
O baixo desempenho da construção civil é reflexo principalmente dos indicadores econômicos brasileiros, acredita Lombardi. Como a área depende de grandes investimentos, liberação de crédito, entre outros aspectos bancários, essa realidade se torna compreensível, ao avaliar a situação econômica como um todo:
“A construção civil vai crescer, a gente não pode afirmar, mas pelo retrospecto, sim. Se você pegar por exemplo o resultado aqui da região das cooperativas de crédito, elas tiveram um crescimento bom, então isso deve projetar um retorno maior para os cooperados e acaba influenciando também na parte da construção civil. Aí o pessoal vai ter dinheiro para reformar a casa, para construir alguma coisa que está querendo fazer…”, prevê.