Velocidade máxima vai subir em 31 ruas de Blumenau
Carros poderão trafegar mais rápido em 31 das 34 vias que passaram por uma revisão
Algumas das principais ruas de Blumenau estão passando por adaptações nos limites de velocidade. Trata-se de uma padronização, segundo a prefeitura. Isso porque em muitas vias, conforme o motorista avança encontra placas informando limites diferentes.
Porém, além de estabelecer padrões há outra tendência na medida. Das 34 ruas envolvidas nessa revisão, 31 delas tiveram ou ainda terão aumento da velocidade máxima. Só três tiveram redução, de 60 km/h para 50 km/h: Antônio da Veiga, Martin Luther e Beira-Rio.
A rua Gustavo Sallinger, na Itoupava Seca, a São Valentim, na Fortaleza, e a 25 de Julho, na Fortaleza, são exemplos de vias que passam de 40km/h para 50km/h. Outras, como a 2 de Setembro, na Itoupava Norte, mudam de 50 km/h para 60 km/h.
As mudanças são reflexo de um estudo feito entre 2015 e 2016 pela Diretoria de Planejamento Viário de Blumenau, que se adaptou a especificações do Código de Trânsito Brasileiro.
Segundo Julian Plautz, Diretor de Planejamento Viário da prefeitura, as alterações seguiram uma metodologia que verifica vários critérios, como o volume de pedestres que circulam nas vias, os tipos de estabelecimentos instalados, a geometria e a quantidade de acidentes registrados.
“Primeiro, é feita uma verificação do perfil da via. Depois, do uso e ocupação do solo, além dos polos geradores de viagem, que são supermercados, escolas, entre outros. Por último, há a estatística de trânsito e um cálculo com uma fórmula”, informa.
Julian diz que cada rua tem sua peculiaridade, e que as decisões levaram em conta critérios técnicos. Segundo ele, nem sempre o aumento da velocidade tem relação com a diminuição da segurança.
“O estudo não tem o intuito de diminuir a velocidade máxima das ruas, e sim adequá-la”, enfatiza.
A mudança trará mais segurança e fluidez ao trânsito, e também auxiliará os condutores de veículos a não ter dúvidas sobre as velocidades das vias.
O arquiteto e urbanista Christian Krambeck diz que é necessário analisar as propriedades das vias que aumentaram ou diminuíram suas máximas para chegar a uma conclusão, mas acredita que a padronização é válida.
“O importante é que todas as decisões sejam embasadas no princípio cidade para as pessoas, essa é a primeira coisa. A segunda é se basear num projeto mais amplo, e que seja medido o desempenho. A terceira coisa é que essa medição não seja rodoviarista e não seja baseada no fluxo do transporte apenas, mas que considere a poluição, a qualidade de vida, o meio ambiente, entre outros”.
Correções
Até 7h45 desta quarta-feira, 29, o texto acima informou que três ruas passariam de 40 km/h para 60 km/h. Na verdade, a elevação é para 50 km/h. A rua Gustavo Salinger era apresentada como pertencente ao Centro, quando na verdade fica na Itoupava Seca. O texto também dava a entender que as mudanças na Beira-Rio, Antônio da Veiga e Martin Luther estavam para ocorrer. A informação correta é que a velocidade máxima nessas vias já mudou.