Venda de artefatos nazistas no mercado de pulgas de Nova Trento é alvo de denúncia
Caso foi denunciado por um turista
O Ministério Pública de Santa Catarina (MP-SC) recebeu a denúncia de um turista que frequentou o mercado de pulgas em Nova Trento, próximo ao Museu da Cultura Italiana. A denúncia trata da comercialização de artefatos em apologia ao nazismo.
Os artefatos
No local estava sendo vendido o busto de Adolf Hitler. Além disso, estava sendo comercializada também uma placa com uma suástica na parte superior.
De acordo com a legislação, a comercialização de emblemas, distintivos ou ornamentos com objetivo de divulgar o nazismo é crime, assim como fabricar ou distribuir os símbolos.
A reportagem de O Município tentou entrar em contato com o dono do mercado de pulgas, que não atendeu às ligações até o fechamento da matéria.
Comercialização em Timbó
Em junho, uma reportagem do O Município Blumenau divulgou que uma loja on-line de Timbó – Panzer Militaria – estava divulgando e comercializando produtos relacionados ao nazismo. Entre os itens oferecidos – em valores que giram em torno de R$ 80 até R$ 1 mil – estão medalhas, moedas, capacetes bustos e outros artefatos contendo a imagem de Adolf Hitler e relacionadas ao exército alemão nazista.
Alguns dos produtos possuem uma leve edição para esconder a imagem da suástica, como os exemplos abaixo.
O Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC) irá investigar a loja de Timbó que comercializa produtos relacionados ao nazismo. O promotor de Justiça Alexandre Daura Serratine, titular da 2ª Promotoria de Justiça da comarca de Timbó, está instaurando um procedimento (notícia de fato) para apurar o caso.
Apologia ao nazismo em Santa Catarina
A relação entre Santa Catarina com o crime de apologia ao nazismo não é novidade. Há algumas semanas, por exemplo, um homem foi indiciado pela Polícia Civil após ser flagrado estendendo uma bandeira nazista na sacada de um apartamento em Florianópolis.
No ano passado, um candidato a vereador de Pomerode foi expulso do partido por aproximação ao nazismo. O candidato era o professor Wander Pugliesi, que ficou nacionalmente conhecido por possuir uma imagem da suástica no fundo de sua piscina e de ter dado o nome de Adolf ao seu filho.
Além disso, nos anos 90, Wander já teve diversos objetos nazistas apreendidos em sua casa. Na época, ele travou uma batalha na Justiça para reaver os produtos, que se tratavam de fotografias, quadros, livros e camisetas.
Ele alegava que os objetos eram para estudo e não apologia, o que não foi aceito pela Justiça. Em 2017, o processo retornou à Blumenau, onde foi arquivado e Wander não pode recuperar os pertences.
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