Veterinários sacrificam égua desnutrida que estava em terreno sem pasto, em Indaial
Decisão foi tomada por profissionais do Cidasc e da prefeitura de Indaial
Colaborou Julia S. Schaefer
A equipe da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) e a prefeitura de Indaial optaram por aplicar a eutanásia em uma égua que estava subnutrida dentro de uma propriedade privada no bairro Carijós. A história gerou comoção na comunidade. O animal não tinha forças para se levantar desde a última sexta-feira, dia 20.
Os moradores fizeram contato com os órgãos competentes e, na tarde desta segunda-feira, 23, o veterinário da prefeitura aplicou a injeção que deu fim à vida da equina. O vereador Diego Pandini acompanhou o caso junto com outras pessoas, como a protetora independente Ivone Simão. Agora, o filhote da égua e outros dois cavalos, que também estavam soltos no mesmo terreno sem pasto, estão sob a tutela dela.
Apesar da comoção e da tentativa da comunidade de salvar a vida da égua, Ivone explica que a situação já estava insustentável:
“Ela estava desde sexta-feira caída, as pernas dela já tinham endurecido e ela estava com todos os órgãos comprometidos. Só ia prolongar o sofrimento. Ela estava com muita dor. O lado que ela estava deitada estava todo em carne viva”, lamenta a protetora.
A Polícia Militar Ambiental afirmou que não esteve no local no momento do sacrifício. O órgão entrou em contato com o Cidasc na manhã desta terça-feira, dia 23, para verificar a necessidade da presença. Como o órgão estadual afirmou que faria a eutanásia, os policiais militares não se deslocaram.
O veterinário da Cidasc, José Carlos Fantini, informou que a decisão sobre o sacrifício do animal foi tomada na hora, em uma reunião com quatro veterinários, dois da companhia, e dois do município. Segundo Fantini, o estado de saúde da equina não dava outra alternativa.
Quem aplicou a vacina foi um veterinário da prefeitura, e a Cidasc fez o acompanhamento, já que não faz parte das atribuições medicar ou tratar animais. No entanto, o órgão tem a responsabilidade de verificar as infrações na Legislação feitas pelo dono do animal. De acordo com Fantini, um relatório está sendo elaborado e será encaminhado ao Ministério Público.