“Vi em Blumenau veneração ao antigo e rejeição ao que é novo”, diz jornalista alemão
Thomas Fischermann escreve, em espaço no site da Deutsche Welle, sobre apego ao passado da Alemanha
Thomas Fischermann escreve, em espaço no site da Deutsche Welle, sobre apego ao passado da Alemanha
Correspondente do jornal Die Zeit na América do Sul, o jornalista alemão Thomas Fischermann voltou a escrever sobre Blumenau no espaço que mantém no site da emissora Deutsche Welle voltado ao Brasil. No início de setembro, Fischermann relatara uma visita a Blumenau, em que descrevia situações curiosas.
Alguns blumenauenses se ofenderam com a abordagem e responderam enraivecidos via redes sociais. Em novo texto, publicado nesta quarta-feira, Fischermann conta sobre uma nova visita, agora durante a Oktoberfest, em que foi acompanhado pelo vereador Sylvio Zimmermann (PSDB). E é ainda mais crítico sobre a germanidade local.
“Por que uma cultura no Sul do Brasil – neste caso a teutônica – não deveria se transformar e abrir para novas influências? Principalmente em uma terra culturalmente tão rica e cheia de vida como o Brasil? Mas vi muito durante minha visita a Blumenau a veneração a coisas antigas da Alemanha e a rejeição de tudo que é novo”, escreve.
Fischermann ainda trata da perseguição à cultura germânica durante a Era Vargas e discute as origens das tradições manifestadas na versão blumenauense da Oktoberfest.
“A Oktoberfest em Blumenau? Este pastiche com motivos bávaros e lederhosen e fanfarras e milhões de litros de cerveja? Até onde eu sei, em Blumenau quase não tem nenhum imigrante da Baviera. A maioria vem da Pomerânia, que hoje fica na Polônia. Outros vêm de Hamburgo, etc. Nenhum desses lugares tem a tradição de lederhosen e tal adoração por cerveja”.