Pedro França/Agência Senado
Vice de Amin, Dalírio Beber fala sobre prioridades para o governo do estado
Único candidato a vice de Blumenau, Dalírio Beber concedeu entrevista ao jornal O Município Blumenau
Numa cobertura regionalizada, o jornal O Município Blumenau conversou com o único candidato a vice-governador que possui domicílio eleitoral na cidade: o ex-senador Dalírio Beber (PSDB). Na conversa, ele destacou o que acredita ser os principais gargalos do estado e a importância de ter um blumenauense no governo do estado.
Carreira política
Empresário do ramo imobiliário e advogado, Dalírio tem 73 anos, nasceu em Massaranduba, mas viveu grande parte da vida em Blumenau, onde estudou e se formou na Universidade Regional de Blumenau (Furb). Ele foi um dos fundadores do PSDB em Santa Catarina, pelo qual foi candidato a prefeito na cidade em 1996 e a deputado estadual em 1998.
Na eleição de 2010 foi o primeiro suplente do senador Luiz Henrique da Silveira, e assumiu o cargo em 2015, permanecendo até 2019.
Importância do vice
Um vice nem sempre é participativo durante um governo. Nos últimos quatro anos em Santa Catarina, a falta de diálogo entre o governador Carlos Moisés e a vice Daniela Reinehr evidenciou o tema. Diante disso, se questiona a necessidade de negociação antecipada de uma participação no governo.
Dalírio afirma que nunca sentou para negociar a participação dele num possível futuro governo Amin, porque nunca o fez em toda a carreira política. Articulador em diversas eleições, ele afirma que conseguiu o espaço por possuir um bom diálogo e não querer se sobrepor a ninguém.
“Sempre me empenhei no meu trabalho e na minha experiência e espero contribuir para que o governo seja marcante”.
Infraestrutura
Para Dalírio, um dos pilares principais e que precisa ser foco do governo do estado é a infraestrutura. Segundo ele, a economia de Santa Catarina atualmente é menos explorada e crescente devido aos gargalos existentes em rodovias, aeroportos e porto.
“Aqui na nossa região, e que é uma demanda antiga, mas precisa ser prioridade, é uma nova pista no aeroporto de Navegantes, maior que a atual. Permitindo que possamos receber aeronaves de maior porte, dotar para ser também um aeroporto de cargas. Atualmente, 98% do que se exporta em SC é operado em Viracopos, Guarulhos e Curitiba, precisamos trazer isso pra cá”, destacou.
Ele destacou também a necessidade de investimento no porto de Itajaí, para o crescimento da exportação em Santa Catarina, e claro, as rodovias, tanto estaduais, quanto federais. Para Dalírio, o estado perde oportunidades de ter mais empresas grandes, por causa da falta de uma rodovia de grande qualidade, duplicada.
“Tem que ser prioridade das prioridades. Apesar de ser federal, a BR-470 tem uma importância gigantesca para o estado, até para sustentar o agro em SC, que escoa sua produção por ela. E se precisamos dela, precisamos investir para concluir a duplicação. E tem que ser contínuo, um compromisso”.
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Educação
Para o candidato a vice-governador de Santa Catarina, o foco na educação precisa ser no incentivo e motivação para manter os alunos nas escolas, conciliando com o novo ensino médio. Além disso, prevê parcerias com sistema Fiesc para focar na profissionalização dos estudantes, com objetivo na garantia de empregabilidade para o estudante que está se formando.
“A escola precisa se preocupar com a forma que o estudante do ensino médio irá sair. Dar já uma oportunidade de emprego, para que, empregado, ele possa escolher a graduação superior que queira fazer”.
Sobre a região do Vale do Itajaí, ele destaca o apoio para a federalização da Universidade Regional de Blumenau, a Furb.
Saúde
Aliás, por falar em Furb, o ex-senador destaca a importância que o hospital da universidade pode ter para a região. Segundo ele, como Blumenau não possui uma unidade regional, apesar dos hospitais da cidade atenderem pacientes de todo o Vale do Itajaí, essa estrutura deveria receber mais investimento para ser melhor aproveitada.
“É numa região boa, na BR-470, então, com investimento do estado, ele pode ser essa unidade regional. Mas claro, sem esquecer os hospitais filantrópicos, que precisam dos convênios, precisam de contratos de prestação de serviços compatíveis com os custos de serviço”.
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