Fábio de Oliveira/Arquivo pessoal
VÍDEO: Nuvem funil é avistada em Itajaí; entenda fenômeno
Fenômeno tem as mesmas características das formações de tornado
Na tarde desta quarta-feira, 11, por volta das 16h, uma nuvem funil foi avistada em Itajaí. Diversos registros foram feitos por moradores. De acordo com o meteorologista da Epagri/Ciram Marcelo Martins, o fenômeno tem as mesmas características das formações de um tornado.
Entretanto, não causa estragos, pois não chega a tocar o solo. Ou seja, caso a nuvem chegasse ao solo, seria um tornado, caso tocasse uma superfície líquida, viraria uma tromba d’água.
“É um tornado praticamente, mas o efeito dela acabou não sendo o mesmo. Não tocou o chão e não fez os estragos”, explica. Em muitos casos, a nuvem funil chega a tocar o solo por alguns segundos, mas sobe novamente.
Formação da nuvem funil
Segundo Martins, a formação da nuvem funil aconteceu pois o sistema que atua na região é o cavado e no oceano há um sistema de baixa pressão. O que provoca instabilidade e causa nuvens como a que foi vista em Itajaí.
Ele detalha que a principal nuvem formada nestas condições é a cúmulo-nimbo, que tem um grande desenvolvimento vertical. Estas provocam as tempestades, chuva forte, granizo e as formações tornádicas. “Quase todo dia tem, é necessária outras combinações para gerar um tornado. Outros fatores”, complementa.
Ele destaca que essas formações são mais comuns na primavera e no verão. “Não é o primeiro e nem será o último nessa estação”, completa.
Martins ressalta que os tornados registrados em Santa Catarina normalmente são F0 ou F1, na Escala Fujida. O primeiro tem velocidades de vento inferiores a 117 km/h e na maior parte das vezes causam poucos danos. Já o tornado F1 tem velocidades de vento entre 117 e 180 km/h. Estes podem causar muitos estragos, principalmente em locais com habitações de madeira ou com estruturas frágeis.