VÍDEO – Sobreviventes da queda da cabeceira da ponte em Brusque falam sobre momentos de terror
Valdir, Ezequiel e Jorge acompanham a remoção dos veículos nesta quinta-feira
Valdir Marques, 35 anos; Ezequiel Ricardo, 42 anos, Jorge Luiz Putsch, 50 anos; e Viviane Fischer Putsch, 47 anos, ganharam uma nova data para comemorar o aniversário: 21 de abril.
Eles são os motoristas e a passageira dos três veículos que caíram na noite de quarta-feira, 21, junto com a cabeceira da ponte João Libério Benvenutti, mais conhecida como ponte da Bilu ou do Santos Dumont.
A queda da estrutura aconteceu por volta das 20h30. Os três veículos – dois trafegando sentido Gaspar-Santa Terezinha e um no sentido contrário – caíram junto com parte da estrutura, mas felizmente, os quatro ocupantes dos veículos conseguiram sair sem ferimentos.
Na manhã desta quinta-feira, 22, Valdir, Ezequiel e Jorge acompanhavam a retirada dos veículos pelo guincho. Os três foram unânimes ao relembrar os momentos de tensão que viveram: nasceram de novo.
O primeiro carro a cair foi o de Valdir, um Fox, que ficou com a frente bastante danificada. Logo em seguida, veio o carro de Ezequiel, um Celta, que estava logo atrás. Por fim, no sentido contrário, o terceiro carro a cair foi o de Jorge, um Peugeot.
Valdir lembra que trafegava normal e quando entrou na ponte, logo sentiu o impacto que foi muito forte. O morador do bairro Barracão, em Gaspar, já recuperado do susto, voltou a cena do acidente para acompanhar a retirada do seu veículo. “Só tenho que agradecer por estar vivo”.
Motorista do outro veículo, Ezequiel conta que o seu sobrinho vinha logo atrás, mas conseguiu parar a tempo e sinalizar para que a tragédia não fosse maior. “Ele conseguiu parar o carro. Logo atrás vinha um caminhão guincho. Se ele não tivesse sinalizado, esse caminhão ia cair também e acho que não estaríamos aqui para contar a história”.
Ele mora no bairro Limeira e está em Brusque há 16 anos. Ele é motorista de caminhão e conta que nunca sofreu um acidente como este. “Foi assustador, terrível. Hoje comemoramos nosso aniversário novamente. Só tenho a agradecer a Deus pelo grande livramento”.
O metalúrgico Jorge Putsch estava no carro com a esposa, Viviane, voltando para casa, no bairro São Pedro, quando aconteceu o acidente. “Sem mais nem menos, quando a gente viu já estava do lado dos outros dois carros, junto com os outros motoristas. Nem sabia direito o que estava acontecendo”.
O motorista conta que inicialmente, ele a esposa acharam que tinham caído dentro do rio, porque estava caindo muita água do rompimento da adutora do Samae. “O nosso carro ficou bem embaixo ali onde rompeu a adutora do Samae. Minha esposa ficou muito nervosa, em choque. O barulho era muito alto, da água, do gás, foi terrível”.
Viviane, inclusive, está de aniversário nesta quinta-feira, 22. Motivo para comemorar ela tem de sobra. “Tem que comemorar a vida. Graças a Deus, ela e nós todos ganhamos a vida de novo”, destaca.
Os motoristas agora aguardam um posicionamento da prefeitura sobre os prejuízos nos veículos. Os carros foram levados pelo guincho para o pátio da Secretaria de Obras. “Estamos esperando o parecer, somos as vítimas, e estamos aguardando para que tudo se resolva da melhor maneira para ambos os lados”, destaca Ezequiel.
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