Youtuber catarinense é investigado em inquérito do STF sobre manifestações antidemocráticas
Adilson Dini teve carreira em Balneário Camboriú como corretor de imóveis
O youtuber camboriuense Adílson Dini teve equipamentos de filmagem e celular confiscados após a Polícia Federal (PF) cumprir um mandado de busca e apreensão emitido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A medida é parte do inquérito que investiga manifestações antidemocráticas cujas reivindicações incluem o fechamento do Congresso Nacional, do próprio STF e a instauração de nova ditadura militar e de medidas que constavam no Ato Institucional número cinco (AI-5).
Dini fez carreira de corretor de imóveis em Balneário Camboriú. Até a publicação desta nota, seu canal tinha 339 mil inscritos, e seus vídeos não ultrapassam 300 mil visualizações. Em julho de 2019, ele participou de uma comitiva chamada youtubers de direita, recebida pelo presidente Jair Bolsonaro em Brasília.
Ao todo, 21 mandados têm sido cumpridos nos estados de Santa Catarina, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Maranhão, e no Distrito Federal. O objetivo do inquérito é apurar qual a fonte dos recursos e como opera a estrutura de financiamento de grupos ligados a atos antidemocráticos.
O inquérito que investiga estas manifestações contra a democracia é sigiloso e foi aberto a pedido da Procuradoria Geral da República (PGR) em abril. A PGR cita como justificativas a violação à Lei de Segurança Nacional e a participação de deputados federais nos eventos.