Zoo Pomerode é referência na reprodução de espécies ameaçadas
Espaço funciona como uma Arca de Noé moderna, conservando animais com população em risco
Jardins zoológicos estão entre as instituições mais importantes de uma força-tarefa internacional para a conservação de espécies de animais. Além de manter exemplares raros em local seguro e confortável, contribuem para aumentar a população deles.
O Zoo Pomerode, no Vale Europeu, é um exemplo desse esforço. Integra programas mundiais de preservação de espécies em que estão zoos de dezenas de países, universidades, pesquisadores, criadores e instituições de acompanhamento dos animais na natureza.
Além de manter vivos e saudáveis os bichos ameaçados, atua para promover a reprodução deles e a futura reintrodução de exemplares ao ambiente natural. Um trabalho delicado, que demanda tempo e enorme dedicação dos profissionais envolvidos.
“Temos a possibilidade de manter uma população de segurança, como se fosse uma Arca de Noé moderna. Esses indivíduos estão aqui para a conservação das espécies a médio e longo prazo, inclusive os descendentes dos animais nascidos sob cuidados humanos podem ser destinados para programas de reintrodução”, explica Cezar Augusto dos Santos, biólogo e educador ambiental do Zoo Pomerode.
Programas de conservação
Programas internacionais de conservação de espécies têm a missão de manter indivíduos remanescentes em segurança. Um plano de população serve de base para as ações das instituições parceiras.
Quando um novo animal nessas condições chega ao Zoo Pomerode, a primeira preocupação é garantir proteção e tranquilidade. Ele passa por um período de quarentena, quando não fica aos olhos dos visitantes.
O recinto em que o bicho passará a viver é adequado conforme as necessidades de ambientação da espécie.
“O objetivo é que ele possa expressar comportamentos naturais”, explica Santos.
Outra questão essencial é a alimentação, para garantir que o indivíduo permaneça saudável. A nutrição é a base do bem estar dos animais.
O Zoo Pomerode integra programas de conservação de diversas espécies, algumas inclusive que não são brasileiras. Por exemplo, estão em Pomerode os quatro únicos leões angolanos das Américas. Os outros 70 mantidos por zoológicos no mundo estão na Europa.
Reprodução no zoo
Uma vez seguros, confortáveis e bem alimentados, indivíduos de espécies ameaçadas passam a ser potenciais reprodutores. É aí que começa a parte mais delicada do trabalho conservacionista.
Conforme o biólogo Cezar Augusto dos Santos, quando um parceiro é encontrado, o casal precisa se aproximar aos poucos. Num primeiro momento, o contato é apenas visual. É hora de sentir o cheiro, ouvir e visualizar.
Quando a equipe técnica do Zoo Pomerode tem certeza de que a convivência será segura, aí sim une os bichos num mesmo ambiente para reprodução.
Mico-leão preto
O Zoo Pomerode possui dois responsáveis técnicos: um biólogo e um veterinário. Ainda há quatro biólogos no setor de Educação Ambiental e um biólogo que cuida da nutrição dos animais.
Recentemente, os profissionais conseguiram reproduzir um indivíduo da espécie mico-leão preto, ameaçada de extinção. Foi o quarto zoo do mundo a conseguir a façanha, uma conquista importante nos esforços de conservação.
Como as populações de mico-leão-preto na natureza estão restritas a algumas poucas unidades de proteção ambiental, a reprodução controlada em instituições conservacionistas, como o zoológico, funciona como uma reserva. O objetivo final é reintegrar esses indivíduos à natureza.
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