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Zoológico ajuda a recuperar mata ciliar de Pomerode

Zoo abriga cerca de 220 espécies

Além de abrigar cerca de 220 espécies no zoológico, o Bioparque Zoo Pomerode também está ajudando a recuperar a mata ciliar em um trecho de 16 mil metros quadrados do Ribeirão Jerusalém. O espaço transpassa parte do parque.

A medida iniciou em 2009 e, desde então, é realizado o plantio de diversas espécies de mudas nativas consideradas pioneiras. Essa vegetação parou o processo de degradação que o córrego vinha sofrendo, possibilitando o restabelecimento da fauna local e mitigando os processos erosivos.

“Todos os investimentos realizados refletem nas presentes e futuras gerações. Isso servirá como um grande divisor de águas, que determinará a perpetuidade do bioparque”, conta o procurador da Fundação Hermann Weege, Maurício Bruns.

A técnica foi essencial para assegurar mais qualidade da água no local. “Os exames laboratoriais mostraram que antes a água era de péssima qualidade e após o plantio das árvores e gramíneas que naturalmente crescem na borda e na calha do rio, elas contribuíram com a filtragem, auxiliaram na extração do excesso de nitrogênio e carga orgânica melhorando expressivamente a DBO da água”, explica Bruns.

Outras medidas

Outro grande foco sustentável do bioparque está na utilização de energia solar e, para isso, 700 placas fotovoltaicas foram instaladas, tornando o local autossuficiente na produção de energia elétrica. Segundo os resultados, a medida garante a redução de 15 toneladas de CO2 por mês e uma redução de cerca de 90% dos custos com energia elétrica.

“Produzimos energia para o equivalente a 90 casas com três moradores. A vantagem ambiental vai além, já que estudos apontam que, com essa medida, deixam de ser derrubadas mais de 290 árvores por mês”, complementa o procurador da Fundação Hermann Weege.

A diminuição no consumo também se deu após a instalação do telhado verde, composto por plantas nativas, que contribuiu para a redução do uso de climatização, já que calor interno do ambiente baixou.

A reutilização de água da chuva está entre as medidas adotadas pelo Bioparque Zoo Pomerode em prol da sustentabilidade local. O sistema abastece uma cisterna com capacidade para cerca de 15 mil litros. O aparelho automatizado garante que a água coletada seja tratada e bombeada de forma regular para as caixas dos banheiros.

Consumo consciente

O procurador da Fundação Hermann Weege explica que possuem parceria com empresas da região, que fornecem utensílios em bom estado, mas que poderiam ser descartados. “Por exemplo, aceitamos a doação de tubos e chapas de ferro que aqui recebem tratamento e solda, e utilizamos no parapeito dos passeios, colunas de telhas e cercas”.

Para evitar o desperdício, o Bioparque Zoo Pomerode conta com um sistema de compostagem. Toda a matéria orgânica é transformada em adubo para a plantação de árvores em área de preservação, usada nas plantas ornamentais ou doados para parceiros, como a Casa da Solidariedade de Pomerode, que utiliza nos canteiros de verduras e hortaliças.

Outro cuidado pode ser visto na técnica adotada no plantio de mudas através da estaquia. Os galhos podados na multiplicação do banco de mudas são aproveitados. “É uma pequena ação, mas que ajuda a produzir flores e alimento para as abelhas, beija-flor e pássaros, que vivem em ambiente natural. E utilizamos as flores no procedimento de enriquecimento ambiental dos nossos animais”, completa.

Tratamento de esgoto por zona de raízes

O sistema de captação de esgoto é diferenciado para garantir o cuidado sustentável. Ele atende a demanda do Bioparque Zoo Pomerode e casas da rua dos Imigrantes, em Pomerode. O local conta com o tratamento de esgoto por zona de raízes, que possui um sistema físico-biológico, composto por um processo de filtragem das camadas de areia e pedras, com um biofiltro constituído pelas plantas do local. Em média, são utilizadas cerca de 25 mudas a cada metro quadrado. Elas são compostas por plantas como lírio, copo-de-leite, juncos, papirus e aguapés.

“O efluente passa primeiro por um tratamento primário, geralmente por um tanque séptico, onde são removidos os sólidos. As raízes das plantas têm por finalidade a absorção das substâncias poluidoras contidas na água. Esse processo ocorre através da simbiose entre plantas, solo e o substrato artificial, e microrganismos”, detalha. O modelo possibilita o desenvolvimento de microrganismos, que são responsáveis pela remoção dos poluentes da água.

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