Acusado de matar blumenauense em Curitiba é condenado a prisão
A pena por homicídio foi definida em 14 anos e três meses
Mais de três anos após o crime, Antônio Jumia Dorrio, de 53 anos, foi condenado a 14 anos e três meses de prisão por matar o blumenauense Douglas Junckes em maio de 2018, em Curitiba. A decisão foi tomada em júri popular nesta segunda-feira, 22.
O julgamento foi realizado em Curitiba e durou mais de 15 horas, contendo depoimento de testemunhas e do autor do crime. A decisão dos jurados foi de condená-lo por homicídio simples, com 13 anos de reclusão em regime inicialmente fechado, somando a mais um ano e três meses pela posse ilegal de arma de fogo.
Apesar de caber recurso, o juiz determinou o início imediato do cumprimento da pena e o homem que matou Douglas saiu do tribunal preso.
Nas últimas semanas que antecederam o julgamento, a família e amigos de Douglas distribuíram outdoors na região central de Curitiba pedindo que fosse feita Justiça por sua morte.
“O objetivo é sensibilizar a comunidade e relembrar o caso para a população que sempre mostrou indignação e nunca entendeu porque o acusado não foi preso nem está pagando pelo crime”, afirmou Hercilio Junckes, pai da vítima, na semana passada.
Douglas foi assassinado com quatro tiros à queima-roupa no dia 20 de maio de 2018, quando Antônio foi armado até o apartamento da vítima para, supostamente, reclamar de barulho. Testemunhas relataram que não ouviram nenhum barulho acima do normal antes do crime.
O caso correu no Tribunal de Justiça do Estado do Paraná onde, em 2019, o juiz Daniel Surdi Avelar, titular da 2ª Vara Sumariante do Tribunal do Júri de Curitiba, determinou que fosse a júri popular, como homicídio doloso.
A defesa do réu recorreu diversas vezes da decisão, sob o argumento de que ele agiu em legítima defesa, mesmo diante das provas colhidas pela perícia, que indicavam a intenção de matar e da ausência de indícios de defesa por parte de Douglas.
Vida de Douglas
Quando foi morto, o engenheiro Douglas Regis Junckes, estava prestes a completar 36 anos. Tinha uma carreira bem-sucedida e a perspectiva de um futuro promissor pela frente.
Trabalhava em um cargo estratégico na empresa Nokia havia 13 anos, ocupando funções no Brasil e no exterior. No dia da morte, Douglas iria viajar para a Europa de férias com seus amigos
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