Acusado de matar blumenauense em Curitiba poderá pegar de 6 a 20 anos de prisão
Decisão da Justiça retirou qualificadoras, mas manteve decisão de júri popular
Em julgamento de recurso solicitado pela defesa nesta quinta-feira, 6, a Justiça do Paraná manteve a decisão de júri popular para Antonio Humia Dorrio, acusado matar a tiros o blumenauense Douglas Regis Junckes, em Curitiba, em 2018. Porém, foram excluídas as qualificadoras do crime, deixando o julgamento apenas como homicídio.
Essa decisão diminuiu a possibilidade de pena para Dorrio. Pois, com as qualificadoras, caso condenado, ele poderia pegar de 12 a 30 anos de prisão. Com a exclusão de motivo fútil e impossibilidade de defesa da vítima, a pena poderá ser de 6 a 20 anos.
A definição agradou o advogado Adriano Bretas, que faz a defesa de Dorrio. Segundo ele, o Tribunal entendeu, com as provas apresentadas, que não houve motivo fútil, já que “eles brigaram, que eles disputaram aquela arma”, e muito menos impossibilidade a defesa da vítima.
“Antonio não surpreendeu Douglas. Pelo contrário, interfonou, pediu que ele baixasse o som, Douglas por sua vez mandou ele descer até seu apartamento. Ou seja, não há o que se dizer em surpresa ou meio que impossibilitou defesa”, destacou Bretas, que também confirmou que não irá recorrer da decisão.
Por outro lado, o advogado que representa a família Junckes, Rodrigo Fernando Novelli, conta que existe a possibilidade do processo ir à outras esferas.
“Nós como assistentes da acusação em conjunto com o Ministério Público do Paraná, estamos estudando a possibilidade de recorrer para Brasília para que seja restabelecida as qualificadoras”, destacou.
A data do julgamento ainda não foi marcada.
O crime
Junckes estava prestes a completar 36 anos e foi morto na tarde do dia 20 de maio. Ele estava sozinho em casa ensaiando para uma turnê que faria com uma banda na Europa, quando o vizinho apareceu à porta armado. Houve discussão, por conta do som alto que saia do apartamento de Junckes, e ele foi atingido por disparos.
A defesa de Dorrio alegou que ele agiu em legítima defesa e não tinha a intenção de matar o vizinho.
Junckes era engenheiro elétrico, trabalhava na empresa Nokia havia 13 anos, ocupando funções no Brasil e no exterior.