Após vencer desafio da Nasa, blumenauense conhecerá Kennedy Space Center
Jonathan Ricardo Feller integra um dos grupos vencedores
O programador blumenauense Jonathan Ricardo Feller, de 24 anos, venceu a hackaton – um estilo de gincana ou maratona voltada para programadores – proposto pela Nasa. O projeto disputou a vaga com mais de 2.309 trabalhos de todo o mundo no Space Apps Challenge.
Os vencedores foram divulgados nesta quarta-feira, 27. Além do blumenauense, o grupo também é formado por três peruanos (Andrea Ybañez Esquerre, Raquel Sánchez Mejía e Marco Carrasco) e um indiano (Yash Gadhade). O time foi formado apenas alguns dias antes do evento.
O grupo ficou com o prêmio de “mais inspirador” e dois times venceram nesta categoria. O feito é considerado raro, se comparado com as edições anteriores, quando apenas um grupo era o vencedor da categoria.
Ao todo, foram oito times vencedores, dois a mais do que o habitual. Sendo assim, foram sete grupos dentro das categorias pré-definidas, além de um time extra que ganhou o financiamento dentro do Euro Data Cube.
Os vencedores devem receber um convite formal da Nasa para visitar o Kennedy Space Center, nos Estados Unidos, e assistirem ao lançamento de um foguete.
Muito contente com a conquista, o jovem de Blumenau afirma que não imaginava ser um dos ganhadores do prêmio.
“Estou muito feliz com a notícia, não achei que ganharia nem em um milhão de anos. Para quem entrou só pra participar, entender melhor o processo, e assim se dar melhor na próxima edição, pois caiu totalmente de paraquedas. Eu estava perdido em toda a documentação para ler, e ainda ter que achar um time em cima da hora”, explica.
Relembre o projeto
Conforme explica o programador, o desafio consistia em encontrar soluções para tornar os conhecimentos sobre o espaço, a Terra e a ciência mais acessíveis aos jovens.
Desta maneira o grupo definiu a estratégia: elaborar uma plataforma virtual onde crianças e adolescentes pudessem interagir com gênios ou “heroes”. Usando a tecnologia, seria possível ver e ouvir cientistas como Einstein ou Madame Curie falando sobre seus próprios experimentos, o que teria um impacto muito mais forte no aprendizado.
Pela primeira vez, devido à pandemia de Covid-19, a Nasa realizou este hackaton de maneira virtual, abrindo as portas para a participação de qualquer pessoa ao redor do globo. Os grupos poderiam tanto ser formados por pessoas que já se conheciam quanto formados por meio de um chat liberado pela entidade. Foi assim que Jonathan conheceu seus parceiros de projeto.
Autodidata
Jonathan começou a programar entre 12 e 13 anos. Com auxílio da internet e também muita intuição, logo ele dominou a técnica e, palavras dele, nunca mais ficou um dia sem programar.
Desta forma, acumulou um histórico de participação em empresas importantes do ramo na região. O blumenauense também é grato à iniciativa da Geração TEC, no qual teve acesso e também colaborou com sua formação.
“Eu prego muito por esta busca de conhecimento. Se você tem interesse em algum assunto e quer estudar, aproveite, estude, foque naquilo. Somos privilegiados em viver em um momento com o acesso à internet, e as pessoas têm a maior biblioteca do mundo dentro do bolso”.