Assaltantes do Quero-Quero usaram munição antiaérea e fuzis AK-47

Polícia Civil acredita que bandidos sejam de fora de Santa Catarina

A quadrilha que assaltou o avião da empresa Brinks Logística de Valores usou armamento comum em guerras e até para ataques antiaéreos. A Polícia Civil confirmou, nesta sexta-feira, 15, que munições .50 foram disparadas contra a aeronave, os carros-fortes e prédios próximos.

Além de munições deste calibre, que podem derrubar até aviões, os criminosos também usaram fuzis AK-47 posicionados no interior da BMW X5 usada no assalto. O veículo teve o banco traseiro retirado e uma adaptação foi feita em madeira para posicionar o armamento pesado.

No vidro traseiro do carro, que é blindado, havia dois furos ocultos por adesivos. Eles serviram de apoio para as armas.

Divulgação

Os tiros atravessaram carros-fortes e paredes, feriram com gravidade as pernas de dois vigilantes e mataram Evânia Maria de Oliveira, 22 anos, que trabalhava em uma empresa próxima.

Na manhã desta sexta, em entrevista ao programa Balanço Geral, da RIC TV Record, o delegado da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic) Anselmo Cruz afirmou que a complexidade da operação montada pela quadrilha é proporcional ao trabalho que a polícia tem para desvendar o crime:

“Já sabemos que se trata de uma quadrilha profissional, foi uma ação bem arquitetada, com muitas informações identificadas por eles no momento de agir. Então também exige um esforço extraordinário da Polícia Civil para elucidar e esclarecer a autoria”.

Quadrilha de fora

Segundo o delegado regional de Blumenau, Egídio Ferrari, os investigadores acreditam que a quadrilha tenha vindo de outro estado brasileiro. Polícias de outras unidades da federação já foram contatadas para colaborar com o trabalho.

Egídio ainda pediu auxílio da comunidade. Caso alguém tenha visto os veículos usados no crime em dias anteriores à ação deve ligar para o telefone 181, o disque-denúncia da Polícia Civil. Não é preciso se identificar para prestar as informações.

Correção

Até as 10h40 deste sábado, 16, a reportagem levava a entender que as munições .50 haviam sido utilizadas pelos fuzis AK-47. Entretanto, essa munição não entra na câmara de um fuzil deste calibre. Elas foram utilizadas em outras armas portadas pelos criminosos, para que fosse possível atacar o carro blindado. O texto acima já está corrigido.

 

 

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