Bebê de mulher grávida assassinada em Canelinha sofreu tentativa de homicídio
Segundo delegado, ferimentos causados eram graves e geraram risco de vida
Um laudo pericial confirmou a tese do Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC) de que o bebê de Flávia Godinho Mafra, grávida vítima de assassinato em Canelinha, sofreu tentativa de homicídio qualificado.
De acordo com o delegado da Polícia Civil de Tijucas, Paulo Alexandre Freyesleben e Silva, a perícia foi feita durante o último fim de semana. O laudo aponta que o bebê sofreu ferimentos graves e correu risco de vida.
Na última sexta-feira, 4, o MP-SC ajuizou ação penal contra os acusados Rozalba Maria Grime e Zulmar Schiestl. Além da tentativa de homicídio do bebê, o casal foi denunciado possível prática dos crimes de feminicídio, parto suposto, subtração de incapaz e ocultação de cadáver. A ação penal foi ajuizada na Vara Criminal de Tijucas.
Segundo as investigações, o assassinato ocorreu em 27 de agosto e o casal teria o intuito de tomar para si o bebê de 36 semanas, que a vítima levava no ventre.
Entenda o caso
De acordo com a Polícia Civil, o assassinato de Flávia foi planejado com pelo menos dois meses de antecedência. No relato, Rozalba informou que teria engravidado em outubro, mas perdeu o bebê em janeiro deste ano. Porém, ela não informou aos familiares, inclusive o marido, de 44 anos.
Em meados de junho, identificou a amiga grávida e desde então premeditou o crime. Ela relatou que os familiares não tinham conhecimento do crime, e fingiu que estava grávida durante os últimos meses. A Polícia ressalta que serão realizadas diligências para confirmar o possível envolvimento da família no caso.
A defesa de Zulmar Schiestl, marido de Rozalba, alega inocência. O advogado Ivan Roberto Martins Júnior afirma que vai comprovar a inocência dele e comprovar que não teve nenhum tipo de participação nos crimes.