Justiça mantém ex-namorado de Bianca Wachholz preso e confirma acusações para júri popular
Sentença de pronúncia trata como "controvertida" a tese da defesa de que Éverton Balbinott atuou em legítima defesa da honra
O processo judicial sobre a morte de Bianca Wachholz, 29 anos, morta pelo ex-namorado com um tiro no rosto em julho deste ano, avançou mais um passo nesta terça-feira, 30. O juiz Juliano Rafael Bogo, da 1ª Vara Criminal de Blumenau, confirmou que o acusado, Everton Balbinott de Souza, 30, será levado a um júri popular. Bogo também negou liberdade ao acusado enquanto corre o processo.
Na sentença de pronúncia, mecanismo do Direito Penal em que o juiz confirma as acusações pelas quais o réu responderá no tribunal do júri, Bogo mantém as acusações de feminicídio e ameaça, além de três qualificadoras: motivo torpe, dificuldade de defesa da vítima e o crime cometido diante da mãe da mulher.
Ao analisar os argumentos da defesa de Balbinott, o texto da sentença afirma que “A controvertida tese da”legítima defesa da honra” deve ser analisada pelos Jurados”.
No documento enviado ao juiz, a defesa argumentou que o homem era “alvo constante de menosprezo” por parte de Bianca, algo que “se tornou insuportável”. De acordo com a alegação, Balbinott adquiriu dívidas para realizar “inúmeras vontades” de Bianca.
O crime
No dia 25 de julho, Bianca estava na casa dos pais, no bairro Itoupava Central, quando o ex-namorado invadiu a residência e a matou com um tiro no rosto. Ele foi preso preventivamente um dia depois do crime.
Após cerca de um ano de namoro, Bianca havia rompido o relacionamento porque vinha sofrendo agressões. Horas antes de ser morta diante da própria mãe, a designer enviou mensagens ao ex-namorado afirmando que ele não deveria voltar a se aproximar dela e que ela registraria boletim de ocorrência pela ameaça de morte que havia sofrido no dia anterior.