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Caso das Marmitas: após dizer que iria mostrar projeto ao jornal O Município Blumenau, organizadora deixa de responder reportagem

Organizadora teria dito que gostaria de fazer entrevista pessoalmente nesta segunda-feira

Maria Eduarda Poleza deixou de responder a reportagem do jornal O Município Blumenau. A criadora e organizadora do suposto projeto Alimentando Necessidades, chegou a afirmar em sua live no Instagram, feita no dia 26 de setembro – quando as suspeitas explodiram e foi publicada reportagem em primeira mão -, que daria uma entrevista ao jornal nesta segunda-feira, 3. Porém, ainda não confirmou presença na entrevista.

Em mensagens trocadas na sexta-feira, 30, última vez que o jornal conseguiu falar com Duda, ela disse que estava tendo problemas com suas passagens áreas, visto que disse estar em São Paulo na live do Instagram. 

“Ainda não sei exatamente que horário volto na segunda-feira, então te confirmo quando souber! Se para segunda ficar muito tarde, provavelmente terça ou quarta-feira te confirmo certinho”, relatou à reportagem.

Questionada se aceitaria realizar uma entrevista via videoconferência, a organizadora disse que não faria, e que prefere dar entrevista pessoalmente.

O jornal O Município Blumenau tentou realizar diversas vezes contato com Duda para confirmar se a entrevista poderia acontecer nesta segunda-feira, 3, porém, não obteve resposta nem por mensagem, nem por ligação.

Vale mencionar que todas as tentativas de conversa foram realizadas em horário comercial e deixando muito tempo de resposta. O jornal O Município Blumenau também entende que é importante dar este esclarecimento ao leitor, visto que muitos aguardavam pela entrevista até então inédita.

O Caso das Marmitas

O caso ganhou visibilidade quando diversas pessoas que fizeram doações e outras que seguiram o projeto, começaram a desconfiar da veracidade da ação após um grupo de pesquisa autônomo publicar uma espécie de “dossiê” sobre o caso.

A desconfiança começou pela quantidade de fios (expressão usada no Twitter para contar histórias em uma sequência de postagens) que engajaram nos perfis das duas coordenadoras do projeto, Duda Poleza e sua suposta amiga, Taynara Motta. O caso foi trazido em primeira mão por reportagem do jornal O Município Blumenau.

Ambas publicaram prints de conversas que tiveram milhares de reações e divulgaram ainda mais o projeto. Em um dos casos um rapaz pede fotos nuas em troca de doação, já em outro uma pessoa oferece uma suposta carne vencida para que seja utilizada nas marmitas.

Estupro

Num caso mais antigo e grave, Taynara, conta sobre uma experiência de estupro que teria sofrido. Em todas as publicações o perfil do projeto é divulgado, juntamente com uma chave pix para doações.

A suspeita de golpe se tornou um dos assuntos mais comentados no Twitter. Diversos perfis conhecidos comentaram sobre a questão, denominando o caso como “Marmitagate”. Até o perfil do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), que atua fortemente na doação de alimentos nas periferias do Brasil, citou a polêmica.

O caso está sendo investigado pela Polícia Civil e acompanhado pelo Ministério Público de Santa Catarina.

Saiba mais sobre o Caso das Marmitas:

– EXCLUSIVO – Organizadora de suposto projeto de doação de marmitas em Blumenau quebra silêncio sobre suspeitas e acusações
– Caso das Marmitas: adolescente que teve foto usada em perfil de suposta integrante desabafa sobre o caso
– Jovem que administra suposto projeto de marmitas de Blumenau já havia “desaparecido” com outra iniciativa
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