Caso das Marmitas: organizadora do projeto presta depoimento em Blumenau

Mãe de Maria Eduarda também esteve na Polícia Civil

Maria Eduarda Poleza, a jovem que está à frente do perfil Alimentando Necessidades, esteve na delegacia de polícia de Blumenau durante a tarde desta terça-feira, 4. Ao lado da mãe, que também contribuiria com o funcionamento do suposto projeto, ela prestou depoimento.

De acordo com o delegado responsável pelo caso, Felipe Orsi, elas afirmaram que a ONG existe e apresentaram notas fiscais e extratos bancários. Apesar de demonstrarem movimentação financeira e comprovarem o recebimento de doações, os documentos ainda não comprovam que o uso seria para alimentar pessoas em situação de rua.

“O trabalho da Polícia Civil daqui pra frente é verificar se essas informações são, de fato, verídicas e se essas doações foram, de fato, revertidas para os destinatários finais e se esses valores de fato se equilibram”, reforçou o delegado.

Maria Eduarda, de 19 anos, havia se comprometido a dar uma entrevista ao jornal O Município Blumenau nessa segunda-feira. Entretanto, parou de responder à reportagem ainda na sexta-feira, 30.

O Caso das Marmitas

O caso ganhou visibilidade quando diversas pessoas que fizeram doações e outras que seguiram o projeto, começaram a desconfiar da veracidade da ação após um grupo de pesquisa autônomo publicar uma espécie de “dossiê” sobre o caso.

A desconfiança começou pela quantidade de fios (expressão usada no Twitter para contar histórias em uma sequência de postagens) que engajaram nos perfis das duas coordenadoras do projeto, Duda Poleza e sua suposta amiga, Taynara Motta. O caso foi trazido em primeira mão por reportagem do jornal O Município Blumenau.

Ambas publicaram prints de conversas que tiveram milhares de reações e divulgaram ainda mais o projeto. Em um dos casos um rapaz pede fotos nuas em troca de doação, já em outro uma pessoa oferece uma suposta carne vencida para que seja utilizada nas marmitas.

Estupro

Num caso mais antigo e grave, Taynara, conta sobre uma experiência de estupro que teria sofrido. Em todas as publicações o perfil do projeto é divulgado, juntamente com uma chave pix para doações.

A suspeita de golpe se tornou um dos assuntos mais comentados no Twitter. Diversos perfis conhecidos comentaram sobre a questão, denominando o caso como “Marmitagate”. Até o perfil do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), que atua fortemente na doação de alimentos nas periferias do Brasil, citou a polêmica.

O caso está sendo investigado pela Polícia Civil e acompanhado pelo Ministério Público de Santa Catarina.

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