Cerca de 65% dos trabalhadores dos Correios de Blumenau estão em greve

Informação foi confirmada pelo Sindicato dos Trabalhadores dos Correios

Seguindo a greve nacional dos Correios, que ocorre nesta terça-feira, 18, Blumenau conta com 65% dos seus trabalhadores parados. A informação foi do Sindicato dos Trabalhadores na Empresa de Correios e Telégrafos e Similares de Santa Catarina (Sintect-SC).

Trabalhadores dos Correios deflagraram greve para protestar contra a proposta de corte no Acordo Coletivo, apresentado pela direção da ECT.  Em 2020, com a pandemia, a diretoria dos Correios passou a afirmar que segue as diretrizes do governo Bolsonaro, para reduzir os efeitos negativos da crise, com isso, apresenta uma proposta de cortes no Acordo Coletivo de Trabalho.

No plano de saúde a empresa propôs adequar o texto para deixar de ter a responsabilidade de oferecer o benefício. Para a categoria, isso é considerado um “grande ataque”.

“A empresa está chamando de repactuação, mas na verdade, está determinando o corte de benefícios que são para os trabalhadores conquistas e o resultado da luta por melhores condições de trabalho e de vida pelo tempo de serviços prestados ao sistema de envio e entrega de correspondências no Brasil”, explica o Sintect-SC, em nota.

Posicionamento dos Correios

“Os Correios não pretendem suprimir direitos dos empregados. A empresa propõe ajustes dos benefícios concedidos ao que está previsto na CLT e em outras legislações, resguardando os vencimentos dos empregados.

 Sobre as deliberações das representações sindicais, os Correios ressaltam que possuem um Plano de Continuidade de Negócios, para seguir atendendo à população em qualquer situação adversa.

 No momento em que pessoas e empresas mais contam com seus serviços, a estatal tem conseguido responder à demanda, conciliando a segurança dos seus empregados com a manutenção das suas atividades comerciais, movimentando a economia nacional.

 Desde o início das negociações com as entidades sindicais, os Correios tiveram um objetivo primordial: cuidar da sustentabilidade financeira da empresa, a fim de retomar seu poder de investimento e sua estabilidade, para se proteger da crise financeira ocasionada pela pandemia.

 A diminuição de despesas prevista com as medidas de contenção em pauta é da ordem de R$ 600 milhões anuais. As reivindicações da Fentect, por sua vez, custariam aos cofres dos Correios quase R$ 1 bilhão no mesmo período – dez vezes o lucro obtido em 2019. Trata-se de uma proposta impossível de ser atendida.

 Respaldados por orientação da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST), bem como por diretrizes do Ministério da Economia, os Correios se veem obrigados a zelar pelo reequilíbrio do caixa financeiro da empresa. Em parte, isso significa repensar a concessão de benefícios que extrapolem a prática de mercado e a legislação vigente. Assim, a estatal persegue dois grandes objetivos: a sustentabilidade da empresa e a manutenção dos empregos de todos.”


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