Conheça o Banco de Tempo de Blumenau, projeto de troca de serviços sem uso de dinheiro
Maioria dos participantes oferece atendimentos na área da saúde
Criado em 2017, o Banco de Tempo de Blumenau conta com diversos perfis de serviços oferecidos pelas cerca de 200 pessoas que participam ativamente do projeto. O sistema é uma troca de trabalhos sem o uso de dinheiro.
Formado em Ciências Sociais pela Universidade Regional de Blumenau (Furb), Valdelino de Carvalho Silva realizou um levantamento preciso sobre o perfil dos usuários do Banco do Tempo como seu trabalho de conclusão de curso (TCC). Conforme aponta o trabalho, os serviços na área de saúde – que agregam também bem-estar e terapias naturais – são os que mais pessoas oferecem.
No total, foram agrupadas 69 pessoas que se dispõe a prestar trabalhos neste segmento. É muito acima dos segundo colocados, educação e artes, que estão ambos com o mesmo número de participantes à disposição para prestar serviço: 31 cada.
Como o próprio nome diz, o valor utilizado no banco é o tempo: a pessoa oferece seus serviços – que vão desde consertos de móveis até consultorias jurídicas – e ganha ‘horas’ pelas suas práticas, depositadas no banco que é administrado por um grupo de voluntários. Com estas horas de saldo, o integrante do Banco do Tempo pode contratar outro membro para prestar algum serviço para si.
Serviços mais oferecidos pelo Banco de Tempo de Blumenau
O Banco de Tempo funciona em um grupo no Facebook. Lá os interessados solicitam os serviços. Há também planilhas digitais compartilhadas nas quais as pessoas ‘depositam’ as horas daqueles que lhe prestaram serviços, para regularizar o saldo de cada um.
Sob nova administração
Como a administração do Banco de Tempo é totalmente voluntária, desde seu surgimento em Blumenau muitas pessoas inicialmente envolvidas saíram e outras novas entraram. Atualmente, um novo grupo busca regularizar e, principalmente, incentivar mais pessoas a oferecerem serviços.
Conforme explica Bethania Guenther, uma das voluntárias, houve um crescimento de membros ativos nos últimos meses. “A gente percebe que existe um público em potencial, mas que por um motivo ou outro acaba não participando ativamente dos procedimentos do banco. Nós temos 942 membros, todos poderiam estar participando, mas precisam de incentivo”.
Bethania revela que já recebeu horas por diversas atividades diversificadas. “Eu já apliquei Reiki, já ajudei a organizar uma viagem, já dei aulas de alemão, fiz alguns trabalhos com manipulação de imagens, entre outras coisas. Não precisa ser exatamente a profissão que a pessoa exerce, mas sim suas aptidões que adquiriu ao longo da vida e das experiências”.
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