Bombeiros Militares de SC aguardam acionamento para atuar em Brumadinho

Forças Tarefas ainda não estão trabalhando pois o local ainda não apresenta condições técnicas para buscas com cães

O Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC) está aguardando o acionamento do governador, Carlos Moisés (PSL), para atuar em Brumadinho, Minas Gerais. O local, que foi afetado por um rompimento de barragem nesta sexta-feira, 25, ainda não apresenta condições técnicas para buscas com cães, especialidade do grupo.

São duas Forças Tarefas de prontidão, que contemplam viaturas 4×4, homens e mulheres capacitados para intervir em áreas deslizadas e realizar buscas e resgates, 3 binômios (dupla entre cão de busca e o tutor bombeiro militar), 2 drones de busca, com piloto habilitado, além de equipamentos específicos para a atividade. Além disso, outros dois grupos estão de sobreaviso e prontos para emprego, caso seja necessário.

Moisés está em contato com o governador de Minas Gerais, que sinalizou a necessidade do apoio das equipes catarinenses para atuar no desastre. A atuação depende do acionamento do governo mineiro, do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais e, por fim, do governador de Santa Catarina.

“Empresas e instituições civis, privadas ou voluntárias podem colaborar no processo, porém nunca de forma desordenada ou independente, sendo que a atuação deve acontecer apenas sob o respaldo do comando das operações”, explica o CBMSC em nota.

Riscos para os socorristas

Outros 28 bombeiros voluntários de Santa Catarina também estão no local aguardando o início das buscas. Eles ainda não começaram a atuar por existir o risco de um novo rompimento, o que representaria um risco muito grande para os socorristas.

O comandante Josué Firmo de Jesus, catarinense que faz parte do grupo voluntário de busca e salvamento de Ijuí (RS), está em Brumadinho auxiliando o reconhecimento do local e mostrou em vídeo um dos motivos pelos quais as buscas não são seguras para os socorristas.

Liberação de voluntários

O comandante de operações de Brumadinho reiterou que nenhum voluntário foi expulso do local, como vem sendo divulgado nas redes sociais. A preocupação da equipe é filtrar os recursos que chegam para saber como eles podem ajudar nas buscas.

“Não é colocando mais pessoas que a gente vai agilizar o processo de busca, a gente só vai ter uma confusão em relação aos trabalhos que estão sendo feitos e isso prejudica ainda mais e aumenta a angústia das famílias”, afirma.

De acordo com informações divulgadas pela Defesa Civil de Minas Gerais no fim da manhã dessa segunda, já são 60 mortos, e apenas 19 deles foram identificados. 292 pessoas permanecem desaparecidas. 382 já foram localizadas e 191 foram resgatadas. Ainda há 135 pessoas desabrigadas.

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