Defesa de assassina da grávida de Canelinha acredita em “tendência a psicopatia” e pede novos exames
Advogada de Rozalba Maria Grime apresentou as alegações finais do processo
A advogada Bruna dos Anjos, que atua em defesa da assassina da grávida de Canelinha, Rozalba Maria Grime, apresentou as alegações finais do processo. No documento, a defesa diz acreditar em “tendência a psicopatia” e pede novos exames, buscando uma semi-inimputabilidade.
Nas alegações, a advogada questiona os motivos que levaram Rozalba a cometer o crime, considerando que anteriormente ela não possuía antecedentes criminais.
Um dos exames de sanidade mental realizados em Rozalba apontou que ela é mentalmente sã e pode responder por seus atos. Este resultado é questionado pela defesa.
“Entende-se como interrompida a busca pela verdade, dado que não é uma questão de se considerar ou não necessário realizar entrevistas ou exames complementares, mas de oportunar meios de conhecimento”, escreve a advogada.
Em outro trecho do documento consta, também, uma carta escrita pela autora do crime dentro do Presídio Feminino de Florianópolis. Nela, Rozalba afirmava estar com a mente conturbada e que pensava em tirar a própria vida. Ela alegava que precisava de atendimento médico.
A carta reforça o pedido da defesa na realização de novos exames para avaliar a sanidade mental de Rozalba. Em entrevista ao jornal O Município em maio, o advogado Rodrigo Goulart detalhou a situação da autora no presídio e disse que ela tem certeza que será condenada.
Exames
Por fim, nas alegações a defesa solicita a realização do teste de Rorschach, que também é conhecido como “teste do borrão de tinta”. O teste é realizado em diversos países e muito presente em filmes.
A avaliação se baseia em dez pranchas com manchas de tinta bilateral, em que o examinado precisa responder com o que se parecem os desenhos formados.
As pranchas desenvolvidas pelo psicanalista suíço Hermann Rorschach são sempre as mesmas. Porém, para interpretação das informações, diferentes métodos são utilizados.
A defesa, entretanto, afirma que há diversos testes que podem ser realizados em Rozalba, como o teste das pirâmides coloridas de Pfister, inventário NEO PI (FFI) e teste de apercepção temática.
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Relembre o caso
Flávia Godinho Mafra foi encontrada morta no dia 28 de agosto de 2020. Ela era moradora do bairro Cobre, em Canelinha, e estava grávida de 36 semanas. O corpo foi localizado no bairro Galera.
De acordo com a Polícia Civil, Rozalba confessou que matou a vítima com golpes de tijolo na cabeça. No depoimento, a assassina afirmou ter usado um estilete para retirar o bebê do útero da gestante.
Segundo o delegado, Rozalba admitiu ter contado à vítima que haveria um chá de bebê como forma de atraí-la. Flávia tinha saído de carona para o evento.
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