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Eleições 2024: Ana Paula Lima (PT) defende o diálogo, união e planejamento caso eleita; confira entrevista

Entre outras propostas, candidata também defende a construção de uma UPA e melhorias no transporte coletivo


Nome de urna: Ana Paula Lima (PT)
Candidato a vice: Léo Bittencourt (PSB)
Coligação: Federação BRASIL DA ESPERANÇA (PT/PC do B/PV/AVANTE/PDT/PSB/SOLIDARIEDADE)
Número de urna: 13
Idade: 60 anos
Profissão/ocupação: deputada federal

A candidata Ana Paula Lima (PT), deputada federal, concorre ao cargo de prefeita de Blumenau pela coligação Federação BRASIL DA ESPERANÇA (PT/PC do B/PV/AVANTE/PDT/PSB/SOLIDARIEDADE). O candidato a vice na chapa é Léo Bittencourt (PSB), advogado. Ao jornal O Município Blumenau, ela falou sobre propostas, ideias para o mandato e respondeu às perguntas do jornal. Veja a entrevista abaixo.

Qual será a sua principal bandeira?

Blumenau sempre foi uma cidade solidária, uma cidade unida. Enfrentamos várias crises, mas nos últimos tempos, famílias brigaram, amigos discutiam, os vizinhos não se falam mais. A minha principal missão é unir Blumenau novamente, de uma forma harmoniosa. Até porque meu lema é: o trabalho une Blumenau, o cuidado une as pessoas.

Por que você está disposta a desistir do mandato como deputada federal para ser prefeita em Blumenau?

Eu não vou desistir, eu vou persistir em querer melhorar a cidade de Blumenau. Eu, como deputada federal, já fiz muito pela nossa cidade, já fui deputada estadual e, neste momento das eleições municipais, eu quero também fazer mais pela nossa cidade. Eu conheço os caminhos de Brasília e os investimentos que estão acontecendo em Blumenau. Posso fazer muito.

Blumenau é uma cidade que votou massivamente nos últimos anos em candidatos ligados à direita. Qual a sua estratégia para que o blumenauense vote em uma candidata de esquerda?

Bom, as obras e a gestão não podem ser nem de direita e nem de esquerda. Nós somos eleitos para resolver os problemas que a comunidade tem falado para a gente. Então, eu não tenho ideologia, o trabalho não tem ideologia. Eu quero fazer por Blumenau uma cidade cada vez melhor para se viver.

Sem muitos aliados na cidade, como buscará condições de governar, encontrando possivelmente uma maior oposição na Câmara de Vereadores?

As eleições vão acabar, quem se eleger tem que ter a missão de governar para toda a cidade. Eu sou uma pessoa que gosta muito do diálogo, o melhor para a cidade, conversando com os vereadores e vereadoras que serão eleitos. Não há problema nenhum, nós temos que trabalhar em conjunto para resolver os problemas da cidade de Blumenau.

Se você se tornar prefeita, terá também que lidar com um governador altamente ligado a Jair Bolsonaro. Como dialogar com Jorginho Mello, algo que é necessário para a boa governança municipal?

Da mesma forma que ele trata o Presidente da República. Brincadeira. Mas, sim, quero fazer um bom diálogo com o governo do Estado, bem como também com o governo federal. A política é a arte da negociação e do diálogo. Não tenho nenhum problema e tenho certeza que o governador vai olhar para Blumenau com muito mais atenção do que está olhando atualmente.

Quais são suas principais propostas para melhorar a infraestrutura e a mobilidade urbana em Blumenau, considerando o crescimento da cidade e os desafios atuais de trânsito?

Planejamento. Há mais de 20 anos nós não temos planejamento para a cidade de Blumenau. A cidade cresceu muito, hoje nós estamos com mais de 360 mil habitantes e não teve nenhum planejamento de nenhuma rua nova. E também o que ficou esquecido foram os bairros da nossa cidade, onde as pessoas moram. Eu quero ser a prefeita dos bairros, eu quero re-urbanizar os bairros, continuar o sistema de pavimentação nas ruas que não acontece, interligar as ciclovias que infelizmente estão paradas e resolver de uma vez por todas o transporte coletivo, que já foi referência, inclusive com premiação nacional e internacional, mais linhas de ônibus e um transporte que possa ter um atendimento adequado a nossa população, até porque R$ 6,50 é a passagem mais cara do estado de Santa Catarina. Mas a empresa que está gerenciando o transporte coletivo não está dando um atendimento adequado de quem precisa desse meio de transporte.

Como você planeja fortalecer a saúde pública em Blumenau, especialmente em relação ao atendimento nos postos de saúde e na oferta de especialidades médicas?

Blumenau vai ganhar agora uma policlínica que é uma obra do governo federal, do Ministério da Saúde, que nós conseguimos trazer para a nossa cidade, porque nós entendemos que o médico da unidade básica de saúde, do postinho de saúde, vai fazer o primeiro atendimento, mas a dificuldade muito grande é para consultas com especialistas. E é essa grande dificuldade, por isso que a fila de cirurgias eletivas, a fila de fazer exames especializados, leva muito tempo. Eu quero resolver. O problema da saúde em Blumenau é uma gestão. Não é do funcionário público que está lá fazendo atendimento na unidade básica de saúde, que precisa sim ser capacitado, mas precisam também verificar que aquelas unidades básicas de saúde não têm também uma estrutura adequada para atender bem o cidadão. Blumenau ficou para trás. Desde 2012, eu estou falando que nós precisamos daqui uma unidade de pronto atendimento, uma UPA 24 horas. A cidade cresceu muito e precisa ter esse equipamento até para desafogar o atendimento nos hospitais da nossa cidade, que ficam no Centro. Então, a intenção é trazer esses recursos do governo federal, do Ministério da Saúde, para a construção e manutenção da UPA 24 horas.

Quais políticas você pretende implementar para incentivar o desenvolvimento econômico local, especialmente para pequenas e médias empresas, que são fundamentais para a economia de Blumenau?

O Brasil está vivendo um novo momento. Estamos vivendo quase o pleno emprego. E quem mais ofertou emprego foi a micro e pequena empresa. E Blumenau é uma referência para o estado de Santa Catarina e para o Brasil. Nós precisamos, sim, trazer o Sebrae Nacional aqui para capacitar uma linha de crédito para também fomentar o micro e pequeno negócio e, dessa forma, qualificar também os nossos profissionais, os nossos empreendedores para que possam gerenciar os seus negócios. Mas isso a gente não faz sozinho. A gente faz em parceria. A coletividade é muito importante. Por isso que o planejamento da cidade precisa ter alguns setores que possam ajudar a desenvolver esse processo. Trabalhar com um conselho, um conselho participativo, que pode orientar, inclusive, o gestor municipal em quais áreas precisamos atuar. Então, o planejamento da cidade junto com a comunidade é o orçamento participativo, mas o planejamento também precisa ser participativo. E Blumenau, nos últimos 20 anos, não teve esse contato com os setores empresariais, micro e pequenos empresários, os trabalhadores, a associação de moradores. A comunidade não pôde opinar na gestão da prefeitura.

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