Empresário preso em nova operação em Blumenau também foi preso na operação Limpeza Geral

Polícia Civil deu detalhes da investigação durante coletiva nesta terça-feira sobre o grupo criminoso que venceu licitações em Blumenau e Indaial

Após a operação Elysium que desmantelou um grupo criminoso especializado na prática de fraude em licitações na manhã desta terça-feira, 12, a Polícia Civil, através da 4ª Delegacia Especializada em Combate à Corrupção (DECOR), realizou uma coletiva de imprensa para trazer mais detalhes sobre o assunto. Segundo a Polícia Civil, o mesmo empresário que foi preso na operação Limpeza Geral, que apurou fraudes em licitações no Samae, foi preso nesta terça-feira. A Polícia Civil não divulgou o nome do envolvido.

A 4ª DECOR cumpriu 12 mandados de busca domiciliar e três mandados de prisão temporária, objetivando encerrar esquema criminoso que vitimou as Prefeituras de Blumenau e de Indaial. Os nomes dos envolvidos presos nesta terça-feira não foram divulgados pela Polícia Civil.

De acordo com o Delegado André Beckman, as licitações são relacionadas a prestação de serviço de jardinagem. Segundo ele, as empresas teriam forjado atestado de capacidade técnica. Eles teriam atestado capacidade técnica da própria empresa e teriam usado terceiros para dar legalidade.

Conforme informado pela Polícia Civil, até o momento, a empresa investigada já recebeu R$ 2.215.248,00 da Prefeitura de Blumenau, bem como R$ 1.750.039, da Prefeitura de Indaial, segundo os respectivos portais da transparência, sendo a maior parte desse valor oriunda de licitações com apresentação de documentos suspeitos.

De acordo com o Delegado André, a operação Limpeza Geral culminou na prisão de um homem que foi preso novamente por envolvimento na licitação das prefeituras. “Ele reproduziu e buscou ampliar o leque de situações ilícitas e por esse motivo foi preso mais uma vez”, diz.

Detalhes da nova operação

A operação Elysium analisou seis licitações e em pelo menos cinco foram encontradas irregularidades, sendo que em uma delas o pai teria atestado capacidade técnica para o próprio filho. Ainda de acordo com o delegado, o empresário orientava outras empresas em como fraudar as licitações.

Segundo o delegado, o dono da empresa autora das fraudes foi preso na operação, além de de um engenheiro florestal e um outro envolvido. O delegado destacou que até o momento a investigação não encontrou envolvimento de funcionários públicos na fraude. Os crimes identificados foram crimes de fraude em licitações, organização criminosa e falsidade ideológica.

Conforme o delegado André, a investigação também apurou o suposto envolvimento de empresas fantasmas que apresentavam valores muito superiores para gerar a contratação da empresa investigada.

Operação Limpeza Geral

De acordo com o delegado da DEIC, Daniel Regis, os suspeitos também teriam envolvimento com a operação Limpeza Geral, que fraudou licitação no Samae. Na época, foram feitas prisões e apreensão de dois carros adquiridos pelo suspeito. Os bens ficaram apreendidos, mas o envolvido conseguiu retomar a posse. De acordo com o delegado, o mesmo suspeito de corrupção está envolvido na nova operação e os mesmos veículos foram apreendidos novamente na operação Elysium.

“Esse sujeito reitera na corrupção com a convicção que não será punido. Ele se colocou em uma condição de ter saído por cima, após ficar preso por 10 dias e responder o primeiro  processo em liberdade e receber o veículo em depósito, pois eles permaneceram sob tutela judicial e eles não poderiam vender os carros. Surpreende pela reiteração criminosa”, explicou o Delegado Daniel.

Mais de 20 policiais participaram da operação realizada nesta terça-feira, segundo o Delegado Gustavo Muniz.

Após a operação Limpeza Geral, a Polícia Civil iniciou a investigação que culminou na operação realizada nesta terça-feira. O proprietário da empresa movimentou R$ 500 mil em um mês, fato que chamou atenção da Polícia.

Colaborou: Iáscara Zultanski

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