Chegou ao fim a parceria Apan e Eleva Química. Foram três anos de casamento entre o clube blumenauense e a empresa. E foi muito bom enquanto durou e a Apan só tem a agradecer a Eleva Química, que, após três temporadas seguidas, decidiu encerrar a parceria com o clube blumenauense.

Neste período, com o valoroso apoio e com a gestão eficiente e responsável dos recursos, a Apan evoluiu, ficou maior e subiu de patamar no vôlei nacional.

A decisão da Eleva não pegou a direção da Apan de surpresa e é fruto de uma revisão de estratégia da empresa. Carlos Millnitz, CEO da Eleva, já havia alertado os dirigentes do clube no passado sobre o fim da parceria. Previsão que se confirmou com a chegada à empresa de um novo sócio.

“Só temos a agradecer a parceria da Eleva e o apoio do Carlos Millnitz neste período. Nos ajudou muito”- declarou o diretor técnico Sandro Bonat Mello.

Por conta de contratos internacionais e da nova fase da empresa, Carlos Millnitz também deixa a vice-presidência da Apan, cargo que ocupava desde 2021 e já pediu para desvincular a marca Eleva do clube blumenauense.

E agora?

O rompimento da parceria impõe uma nova e desafiadora realidade para o clube.

O orçamento que na última temporada girou em torno de R$ 3,4 milhões será menor para este ano e a redução, no melhor dos cenários, pode ser de 25% a 33%.

A Apan terá que se reestruturar com a saída da Eleva e dirigentes trabalham desde o ano passado para conseguir um novo patrocinador master. 56 empresas foram visitadas, reuniões foram realizadas, mas, a maioria alega dificuldades e retração do mercado com a mudança no comando do país.

“Ainda assim 25% dos empresários contactados pediram para que a gente os procure novamente para reavaliar a proposta em agosto, apostando em um possível cenário econômico mais favorável”, afirmou Sandro Mello.

E o dirigente, em tom de desabafo, acrescentou: “estamos fazendo milagre, mas tem hora que cansa! E é terrível ter que ficar passando o chapéu” – disse o dirigente.

Ele lembrou ainda que Blumenau é a única cidade do interior do Brasil garantida na elite do vôlei nacional, no masculino e agora no feminino, com o Bluvolei, um feito para ser comemorado. “Infelizmente a gente não consegue empresas para apoiar”.

Com menos dinheiro em caixa a Apan já perdeu quatro titulares. Apesar das dificuldades, Sandro Mello, confiante, garante que o time para a próxima temporada será bem estruturado e que irá brigar pela oitava colocação na fase classificatória.

“Estamos trazendo um cubano, um oposto muito rápido, um levantador experiente que estava na Europa. Vamos fazer de tudo para manter a Apan na elite, agora todos precisam ajudar”- lembrou o diretor técnico.

E ele completou: “O projeto é sério, corajoso, planejado e nós gostaríamos que as empresas tivessem a mesma coragem que nós temos”.

Novos patrocinadores

Uma empresa alemã pode ser uma das novas parceiras da Apan. O negócio estaria apalavrado desde dezembro do ano passado e o compromisso seria oficializado agora em junho, algo que ainda não se concretizou.
Além disso, o governo do estado sinalizou com a possibilidade de apoiar a equipe blumenauense.

Outras fontes de receita são o Bolsa Atleta e a Lei de Incentivo ao esporte.

Se tudo der certo, a Apan terá um orçamento um terço menor, mas com o mesmo DNA vencedor de sempre.


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