Estado de Greve: servidores da Furb rejeitam proposta de reajuste salarial

Estado de Greve e indicativo de paralisação foram mantidos

Os servidores da Universidade Regional de Blumenau (Furb) rejeitaram nesta segunda-feira, 20, a proposta de reajuste salarial feita pela reitoria. Com isso, o Estado de Greve será mantido pelos servidores. A informação foi confirmada pelo Sindicato dos Servidores Públicos do Ensino Superior de Blumenau (Sinsepes).

Na manhã desta segunda a Comissão de Negociação Salarial do Sindicato este reunido com a administração da universidade para ouvir a proposta, que era: reajuste salarial de 5,53%, sendo 3% a ser pago na folha de junho e mais 2,53% a ser pago na folha de setembro, mais reajuste do Vale Alimentação também na ordem de 5,53% a ser pago na folha de junho, sendo este retroativo ao mês de março (data-base da categoria).

Proposta rejeitada

A proposta foi rejeitada pelos servidores. Eles entendem necessário que a data-base seja respeitada e também que o parcelamento da reposição aumente mais ainda as perdas históricas da categoria que já se aproximam a 23%.

O presidente do Sinsepes, Morilo José Rigon, ficou agradado que a reitoria da Furb quis negociar com os servidores. Segundo ele, isso estava muito distante antes da paralisação. Morilo também comentou sobre a situação financeira da universidade. Entendemos a situação financeira da Universidade e aceitamos receber apenas em junho que é quando a situação financeira estará mais clara como fala a Gestão; mas é necessário que o pagamento seja integral e retroativo, o servidor não pode arcar com mais perdas”, afirma.

Negociações

Os servidores também falaram sobre outras pautas. Confira:

  1. Reajuste de 5,53% integral e sem parcelamentos, nos vencimentos e no vale-alimentação, a partir da competência junho, com pagamento retroativo ao mês de março de 2023;
  2. Estabelecer o INPC como índice de correção inflacionária mínimo e obrigatório para o reajuste salarial dos servidores da Furb para os próximos anos, conforme a data-base da categoria: mês de março de cada ano;
  3. Estabelecer o INPC como índice de correção inflacionária mínimo e obrigatório para atualização do valor do vale-alimentação para os próximos anos, conforme a data-base dos servidores da Furb;
  4. Estabelecimento de cronograma de pagamento das perdas históricas da Gestão anterior da Magnífica Reitora Profª Marcia Cristina Sardá Espíndola, até o final da atual gestão da mesma na Reitora; seguindo a ordem de 5,5% em setembro 2023, 5,5% em setembro de 2024, 5,5% em Setembro de 2025 e 5,5% em setembro de 2026;
  5. Negociação da reposição e equiparação do vale-alimentação aos valores recebidos pelos servidores da Prefeitura Municipal de Blumenau, durante o mês de junho de 2023;
  6. Manutenção da Mesa de Negociação aberta e cumprimento do cronograma de reuniões para avaliação da situação financeira da Universidade.

Estado de Greve

O Estado de Greve e o indicativo de paralisação ainda para o mês de março foram mantidos, caso a proposta não seja acatada pela gestão da Furb.

Conforme o presidente Morilo: “O servidor está disposto a negociar, estamos aceitando para este momento uma grande redução da nossa pauta. Pedimos 29,08% e com a nossa proposta receberemos 27,53% parceladamente. Estamos cedendo nos valores, estamos cedendo nos prazos, mas não cederemos nos índices mínimos de correção inflacionária, no pagamento integral e retroativo e na garantia da reposição anual dos índices. A Gestão quer aguardar junho quando os valores prometidos pelo Governo Estadual estarão sendo repassados à Universidade e o servidor compreende e aceita aguardar, mas precisaremos sentar novamente até junho e verificar sobre o valor de equiparação do vale-alimentação e o cumprimento dos pagamentos referentes a defasagem salarial que a gestão da própria Reitora Márcia causou, congelando nossos salários por 3 anos”.


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