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Ex-prefeitos de Blumenau vão brigar entre si pelo governo de Santa Catarina

Cidade volta a contar com candidatos à majoritária após 16 anos, mas terá dois líderes sem mandato em 2019

Reviravoltas nas alianças partidárias que vão disputar as eleições em Santa Catarina puseram três ex-prefeitos de Blumenau na condição de adversários. Com Décio Lima (PT) candidato governador, João Paulo Kleinübing (DEM) vice de Gelson Merisio (PSD) e Napoleão Bernardes (PSDB) vice de Mauro Mariani (PMDB), a probabilidade de o próximo governo ter um blumenauense em posição de comando é alta.

“Isso demonstra o peso político de Blumenau e do Vale do Itajaí nestas eleições”, avaliou o prefeito Mário Hildebrandt (PSB), no início da noite.

De fato, desde 2002 Blumenau não disputava os principais cargos da eleição catarinense. O último candidato (a vice-governador) havia sido Luiz Carlos Nemetz, pelo PT.

Por outro lado, já é certo que dois dos três principais líderes políticos da história recente de Blumenau ficarão sem mandato em 2019. A configuração das chapas permite que só um deles tenha gabinete em Florianópolis – fato que certamente terá reflexos na eleição municipal de 2020.

Ou nenhum deles, caso as candidaturas de Rogério Portanova (Rede), Leonel Camasão (PSOL), Carlos Moisés da Silva (PSL), Ângelo Castro (PCO) e Ingrid Assis (PSTU) surpreendam os grandes partidos e se mostrem viáveis nas urnas.

“Rifaram o Vale do Itajaí de novo, na minha opinião. Com praticamente 30% do eleitorado, somos comandados por caciques que decidem o nosso destino nos gabinetes. Duvido que em algum momento eles tenham pensado no que seria melhor para a parte do estado que mais paga tributos: o Vale do Itajaí”, criticou o presidente da Associação Empresarial de Blumenau (Acib), Avelino Lombardi.

Inegociáveis?

A maior mudança deste domingo se deu entre os tucanos. O senador Paulo Bauer (PSDB) negociou as “candidaturas inegociáveis” e aceitou concorrer à reeleição, em nome da aliança com o MDB. Assim, Napoleão, que desejava o Senado, compôs chapa com Mariani. Jorginho Mello (PR) será o outro candidato ao Senado.

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Kleinübing, que seria vice de Esperidião Amin (PP), mudou de companheiro. Teve de aceitar Gelson Merisio, para quem já havia dito um “não” durante as negociações pré-eleitorais. Assim, a chapa terá Amin (PP) e Raimundo Colombo (PSD) na disputa pelo Senado.

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Só para Décio o domingo não teve surpresas. O petista foi confirmado candidato ao governo durante convenção em Blumenau, no centro de eventos que fica na antiga Rivage. O ex-prefeito de São Domingos, Alcimar de Oliveira, será o candidato a vice. Ideli Salvatti e Lédio Rosa de Andrade vão disputar as cadeiras no Senado.

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Correção

Até 21h30 deste domingo, dia 5, este texto informou que Rogério Portanova concorrerá ao governo pelo PV. Na verdade, Portanova é filiado à Rede Sustentabilidade. A versão acima já está corrigida.