Funcionários da Coteminas em Blumenau fazem manifestação por salários atrasados
Salário de janeiro - vencido em fevereiro - ainda não foi pago
Os trabalhadores da Coteminas em Blumenau realizaram uma manifestação na manhã desta quarta-feira, 15, em frente a empresa. Com salários de janeiro – que deveriam ser pagos até o quinto dia útil de fevereiro – ainda não depositados e promessas de pagamento não concretizadas, os funcionários decidiram pelo protesto.
Conforme noticiado em primeira mão na segunda-feira, 13, após o primeiro atraso, a empresa havia prometido aos trabalhadores que iria realizar o pagamento até o sábado, dia 11. Como não o fez, o Sindicato dos Trabalhadores Têxteis de Blumenau (Sintrafite) entrou com uma ação na Justiça.
Na mesma segunda, o juiz titular da 2ª Vara do Trabalho em Blumenau, Jayme Ferrolho Junior, determinou que a empresa fosse intimada por meio de um oficial de justiça. A intimação é para que a Coteminas prestasse informações em um prazo de 48 horas, ou seja, até esta quinta-feira.
O pedido do Sintrafite, entre os vários realizados na Ação Trabalhista, é para que a Coteminas pague os salários até o quinto dia útil do mês subsequente ao vencido – ou seja, até o quinto dia útil de março -, solicitando uma pena de multa diária em favor dos empregados caso isto seja descumprido. Além disso, pede-se também que este tipo de situação não mais aconteça.
O sindicato já pediu também uma reunião com a direção da empresa para que haja uma solução definitiva para o caso.
Até a divulgação desta reportagem, não foi possível contato com algum representante da Coteminas. Contudo, o jornal O Município Blumenau deixa o espaço aberto para manifestações da empresa.
Crise da Coteminas
A crise financeira da Coteminas não é novidade. A coluna Economia em Pauta trouxe, com exclusividade, em junho de 2022, a informação a respeito da suspensão de centenas de contratos.
Em um período de cerca de oito meses, 500 funcionários da Coteminas, de Blumenau, ficaram com o contrato de trabalho suspenso temporariamente, no chamado modelo “lay-off”. O acordo foi feito entre a empresa, trabalhadores e sindicato no início de 2022, dando seis meses e meio de paralisação. O lay-off é uma alternativa para empresas brasileiras que estão em crise financeira, mas não querem demitir os funcionários.
A crise, inclusive, afeta outras unidades da empresa, com registros da atuação de sindicatos de trabalhadores realizando cobranças na Paraíba e em Minas Gerais.
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