GALERIA – Confira alguns dos pronunciamentos durante a sessão itinerante da Alesc em Blumenau
Prefeito de Blumenau solicitou atenção dos deputados diante da situação do Hospital Santa Isabel
Por Eliz Haacke- 08/05/2024
- 17:34
O segundo dia de sessão itinerante da Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (Alesc) em Blumenau contou com o pronunciamento de algumas entidades do município e da região, além do prefeito de Blumenau. A sessão ordinária iniciou por volta de 14h desta quarta-feira, 8, no Don Concept Hall, no bairro Vorstadt.
As indicações das entidades que se pronunciaram na sessão partiram da Bancada do Vale do Itajaí na Alesc, composta pelos deputados Ana Campagnolo (PL), Carlos Humberto (PL), Delegado Egídio (PL), Emerson Stein (MDB), Ivan Naatz (PL), Marcos da Rosa (União), Napoleão Bernardes (PSD), Oscar Gutz (PL), e Paulinha (Podemos).
O primeiro pronunciamento foi do prefeito de Blumenau, Mário Hildebrandt, que disse que é uma honra ser o primeiro município a sediar o projeto “Alesc Itinerante”. Pontuou que Blumenau chegou a marca de 101 enchentes no ano passado, mas destacou como a cidade se reergueu e como isso mostra a força e resiliência do município. Também falou dos desafios enfrentados no município como as chuvas, pandemia e o atentado à creche, destacando os investimentos feitos em guarda armada para trazer mais segurança para as crianças.
Solicitou para que os deputados continuem atentos às pequenas e grandes demandas, mas especialmente as da área de saúde. Blumenau não tem hospital regional, mas tem dois que fazem o papel e atendem a macro região e o estado, sendo um deles o Hospital Santo Antônio, que vai construir uma nova torre, ampliando o atendimento do município e do estado.
O prefeito pediu para que os parlamentares continuem apoiando o Hospital Santo Antônio e fez um apelo para que não deixem acontecer a privatização no Hospital Santa Isabel. “O Hospital Santa Isabel tomou uma decisão grave de dizer que não atende mais SUS. Ele atende 91 municípios, não apenas Blumenau. Foi construído e reformado com recursos do estado e federais, mas agora, por estar na mão de uma congregação de São Paulo, quer fechar as portas para o SUS”, lamentou o prefeito.
Mário pede que essa demanda receba atenção do Legislativo para que toda população possa continuar recebendo todos os atendimentos que são realizados na unidade. “Sem o Hospital Santa Isabel teremos um grande desafio no atendimento do SUS para as nossas famílias”, pontuou.
Confira a galeria
Hospital Santo Antônio
Rafael Branco Betuol, gerente-geral do Hospital Santo Antônio, e Tadeu Avi, presidente do Conselho Curador da Fundação Hospitalar de Blumenau, também se pronunciaram durante a sessão.
De acordo com Tadeu, toda a sociedade está na administração do hospital e as entidades indicam nomes para compor o conselho. Ele afirmou que o Hospital Santo Antônio é da sociedade e agradeceu todos os recursos recebidos.
Ainda citou a nova torre que será construída e diz que essa é uma necessidade da unidade. Em abril, o hospital assinou um convênio com o Governo de Santa Catarina no valor de R$ 62 milhões, para a ampliação da estrutura, com a construção de um novo bloco que terá 10.250 metros quadrados de área construída.
Linguiça Blumenau
Para representar a Associação das Indústrias Produtoras de Linguiça Blumenau (ALBLU), Luiz Antônio Bergamo, diretor da Olho Embutidos, reforçou a importância do produto.
Segundo ele, os colonizadores trouxeram da Alemanha a formulação da linguiça e adaptaram para a nossa região. Ele ainda explicou que o nome surgiu com os viajantes que sempre que estavam na região pediam a linguiça de Blumenau, originando o nome. Ele ainda explicou que os empresários se depararam com a legislação de nível nacional que colocava empecilhos na produção do produto regional.
Em 2016 eles solicitaram uma norma interna reguladora para atender os parâmetros do produto. “É um produto apreciado por muitos em todo país, é nosso e é catarinense”, salienta. Ele ainda destacou que o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) garantiu o Selo de Indicação Geográfica para a linguiça Blumenau.
Por fim, pediu para os deputados olharem com carinho para o setor. “Temos uma história simples, mas verdadeira de um produto regional, além de dar continuidade a história dos colonizadores”, explica.
Tecnologia
O presidente da Blusoft-Acate, Bruno Tiergarten, comentou que a Tecnologia de Informação (TI) representa 6% do Produto Interno Bruno (PIB) e que é algo novo no estado, mas que já é representativo. Segundo ele, 25% do Imposto sobre Serviços (ISS) no município é gerado pelas empresas de tecnologia em Blumenau, devido à importância do setor.
Precisamos de talentos para crescer e prosperar. Ele também pontuou a criação do Programa Entra21, que é referência estadual. Bruno explicou que a iniciativa permite que as empresas possam contratar profissionais capacitados, além de ter cunho social para quem não tem perspectiva de mercado de trabalho ou quer um emprego melhor. Ele ainda salientou a importância da conscientização para que as pessoas invistam nas empresas de tecnologia.
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