Grupo ligado a tráfico internacional tem R$ 11 milhões em bens apreendidos nos portos de Itajaí e Navegantes
Foram recuperados também imóveis como uma cobertura em Itapema e a sede de um clube em Joinville
Em continuidade das investigações da operação Joias do Oceano, nesta semana, a Polícia Federal identificou novos bens pertencentes a um homem preso em 2017 e condenado por ser um dos líderes de uma organização criminosa que exportou mais de oito toneladas de cocaína para países estrangeiros a partir dos portos de Itajaí e Navegantes.
Nas novas diligências, foram identificados novos bens, valores e imóveis, localizados nas cidades de Joinville e Itapema, que vinham sendo ocultados pelo investigado por meio de laranjas e empresas.
Foram constatados indícios de que o investigado, com auxílio de pessoas físicas e jurídicas, usou o dinheiro do tráfico para adquirir um apartamento e uma cobertura de luxo em Itapema; a sede de um clube recreativo em Joinville; terrenos; um sítio; valores aplicados como investimento em uma rede de laboratórios clínicos e um motorhome utilizado em rodeios e feiras de exposição.
Nessa segunda fase da operação, a Polícia Federal apresentou novo pedido de sequestro de bens e ativos na importância de R$ 11 milhões, o que foi deferido pelo Juízo da 1ª Vara Federal de Itajaí.
Já em julho de 2019, durante a primeira fase da operação, direcionada à identificação da lavagem dos bens do tráfico, foram apreendidos mais de R$ 75 milhões em apartamentos, casas e veículos de luxo do grupo criminoso, sendo cumpridos também 32 mandados de busca e apreensão.
“As investigações tiveram por objetivo principal a descapitalização do grupo criminoso, com a perda dos bens e valores obtidos com as práticas criminosas em favor do Estado e da sociedade”, afirma a Polícia Civil.
Agora, a autorização judicial para que os bens sejam levados a leilão é aguardada.
Todos os investigados pela operação devem responder pelo crime de lavagem de dinheiro, previsto na Lei nº 9.613/98, com pena entre três a 10 anos de prisão.