Talvez não exista ninguém no mundo que não saiba quem é Pelé, que faleceu na quinta-feira da semana passada, aos 82 anos. Atleta do Século, maior jogador de futebol de todos os tempos, Edson Arantes do Nascimento poderia muito bem esquecer o nome de batismo depois de tanto sucesso.
O que poucas pessoas sabem é que o apelido mais famoso do planeta surgiu por acaso. Quando chegou a Bauru, no interior de São Paulo, com apenas quatro anos, o garoto nascido em Três Corações-MG era chamado de Edson pelos amigos e de Dico pela família.
Mas como e quando o encontrei? Acho que nunca contei isso pra ninguém. Foi um festão no concorrido Leopolldo, restaurante badalado pela sociedade paulistana e celebridades. A celebração dos 25 anos da carreira do Amaury Júnior junto com seu aniversário. Reunião de bacanas!
Vera Martins e Ovadia Saadia, na época presidentes da Federação Brasileira de Colunistas Sociais e da Associação Paulista de Colunistas Sociais, tiveram a missão de eleger 20 profissionais do país! Fui um deles e minha amiga jornalista Anna Dennz, que hoje quem preside a APACOS também.
Pensei, vou dividir equipe de filmagem e trazer material para o Sul e ela para o Vale do Paraíba/SP onde é referência. Em São Paulo funciona assim: convidados participam da festa e a imprensa fica na porta tentando entrevistas.
Até eu já passei sufoco ao adentrar outras festas onde também estava a temida e hilária turma do pânico. Me chamavam de “Jô Soares Júnior”, “filho do Gilberto Barros”, “irmão da Mamma Bruschetta” e até me intitulando de “filho do Jô”.
Celina, maravilhosa e esposa do Amaury, viabilizou dezenas de artistas e celebridades na área de convidados da festa e foi muito bacana. Gravei dois especiais e vou tentar publicar pra vocês.
O Rei falaria três minutos com o Amaury e o anfitrião Norberto Busto Go Where, e sairia como entrou, pela estratégica saída do restaurante.
O Rei entrou e convidados e imprensa se alvoroçaram. Foi tenso. Eram só emissoras grandes empurrando o microfone na boca dele. Ele falou que não daria entrevistas e os 20 seguranças e assessores o tiraram da muvuca. Então gritei: “Dico, só deixa um beijo para Blumenau e Santa Catarina!”
Ganhei um abraço, uma mensagem rapidíssima e vários convites para ser repórter de fofoca porque fui o único com quem ele falou.
Vai em paz, Dico!
– Assista agora:
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