Jornalista de Blumenau que foi perseguida por motorista embriagado divulga desfecho do caso
Danubia de Souza foi perseguida por um motorista após sair de um evento durante a madrugada
Após mais de um ano e meio, o caso de perseguição envolvendo a jornalista Danubia de Souza foi encerrado. O crime ocorreu em outubro de 2019, na região central de Blumenau. Na época, ela relatou o ocorrido na coluna que publicava no jornal O Municipio Blumenau.
Danubia foi perseguida por um motorista após sair de um evento durante a madrugada. Desde o entorno da Furb até a Via Expressa foram 20 minutos fugindo do homem embriagado.
No trajeto, ninguém estava na rua para ajudá-la. Ela só foi socorrida ao ligar para guardas de trânsito que conhecia por conta do trabalho e conseguir fazer com que ele fosse abordado. O homem chegou a se justificar dizendo que “achou ela bonita e quis tentar algo”.
Após a publicação da coluna, o jornal recebeu diversos relatos de mulheres que moram em Blumenau contando que passaram por situações similares. Entretanto, poucas foram atrás da polícia para denunciar o ocorrido.
Jornalista precisou insistir na investigação
Após a abordagem pela Guarda de Trânsito Municipal, o homem foi preso por dirigir embriagado. Entretanto, Danubia buscou imagens das câmeras de monitoramento da região para abrir um boletim de ocorrência.
Inicialmente, o motorista negou qualquer perseguição. Entretanto, após ver os vídeos, a jornalista conta que ele “chorava igual criança me pedindo perdão”. Segundo ele, apenas queria conversar com ela.
“Sabe-se lá o que ele teria feito se conseguisse parar meu carro. Cheguei a desconfiar que ele até poderia ter sido contratado por alguém para se vingar de alguma reportagem, principalmente porque fiz várias matérias investigativas”, alerta a jornalista.
Para descontentamento dela, o homem foi enquadrado por importunação, mas não por assédio. A audiência na justiça ocorreu nessa quarta-feira, 30, e Danubia não aceitou uma conciliação.
O Ministério Público deu duas opções para ele: uma multa de um salário mínimo ou 32 horas de prestação de serviço comunitário. Após ponderar sobre, ele decidiu pagar o valor para a justiça.
“Espero que a partir de agora ele também pense antes de fazer as coisas… E que nenhuma mulher leve o susto que eu levei…”, concluiu a jornalista.