Jovem vítima de assalto forjado já havia registrado boletim contra ex-companheiro

Ela teria sido agredida por ele e, após deixá-lo, teria recebido mensagens de ameaça

A jovem de 21 anos vítima de um assalto que teria sido planejado pelo ex-companheiro já havia registrado um boletim de ocorrência contra ele em maio deste ano, por ameaça.

A advogada Maria Cecilia Seraphim disse que está procurando um lugar para a vítima ficar. Na tarde desta quinta-feira, 1º, durante audiência de custódia, a Justiça decidiu que o homem devem permanecer preso durante o desenrolar do processo.

A vítima é de Belém do Pará, assim como o suspeito. Eles estavam juntos há cinco anos e têm um filho de três. Em maio, quando viviam em Chapecó, ela decidiu sair da cidade porque era agredida por ele. Naquele mês, veio para Blumenau.

Antes de deixar o Oeste, a jovem registrou boletim de ocorrência por ter recebido mensagens de ameaça do ex-companheiro, que dizia que ela teria de “voltar por bem ou por mal”. Ele também registrou um boletim policial por abandono.

Com a separação, ele teria voltado a Belém do Pará. Porém, em agosto se mudou para São José, na Grande Florianópolis. A partir de então passou a fazer visitas esporádicas ao filho. Por medo, ela só levava o menino para encontrar o pai em locais públicos de Blumenau.

Nesta quarta-feira, 31, ele disse que estava na cidade e queria ver o pequeno. A mãe entregou a criança na frente da creche e pediu que ele ligasse quando terminasse o passeio. Menos de meia hora depois, ele a chamou.

Ela desceu até a rua São Leopoldo, no bairro Vila Nova, via do prédio onde mora, para pegar o filho. Enquanto conversava com o ex-companheiro, dois homens chegaram por trás e encostaram armas na cintura dela.

A jovem, com o filho no colo, foi levada para dentro do próprio apartamento. Chegando ao local, o menino ficou na sala, o ex-marido no quarto e ela trancada no banheiro. Depois,  foi levada para o quarto também. Estranhou quando apenas ela foi amarrada, enquanto o ex-companheiro permanecia com as mãos livres.

Foi neste momento que as agressões ocorreram. O rosto inchado denuncia os socos que levou, além de chutes nas costelas. Ele teria tentado asfixiá-la com um mata-leão, mas não conseguiu. Chamou um dos comparsas pelo nome, mas eles já haviam fugido. Ela conseguiu se desvencilhar e chamar a atenção dos vizinhos, que acionaram a Polícia Militar.

Os dois comparsas continuam foragidos.

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