Justiça de Blumenau ouve testemunhas do assassinato de mãe e filha, no Tribess

Suspeito será interrogado na próxima audiência, marcada para setembro

Durante cerca de uma hora e meia a juíza substituta da 1ª Vara Criminal de Blumenau, Bruna Hoffmann, ouviu cinco testemunhas do assassinato de Inês do Amaral, 57 anos, e Franciele Will, 30. Mãe e filha foram mortas dentro da própria casa, no bairro Tribess, em abril de 2018. O suspeito de ter cometido os crimes é Anderson Nakamura, de 27 anos.

Nakamura acompanhou a audiência de instrução e julgamento marcada para às 14h desta terça-feira, 30. Ele está preso desde maio deste ano, quando a Polícia Civil concluiu o inquérito sobre o caso e o buscou em Lages. O delegado Douglas Teixeira foi uma das testemunhas ouvidas nesta terça.

O filho de Inês, Odair Will, que era amigo de Nakamura, também esteve presente no Fórum. Uma carta precatória foi expedida para Lages. Apenas após este testemunho é que Nakamura será convidado a falar. A próxima audiência de instrução está marcada para o dia 10 de setembro.

A advogada do acusado, Cris Chelly de Oliveira, não antecipou se ele se manifestará em setembro. Chelly, inclusive, explica que a linha de defesa pode caminhar para a negação da autoria do crime:

“Ainda é cedo para falar, vamos esperar a carta precatória ser cumprida, mas as provas e documentos são muito frágeis. Não houve testemunha ocular do crime”, disse a defensora.

Acusação

Após a última testemunha ser ouvida em Lages e Nakamura ser interrogado é que o juiz Juliano Rafael Bogo se pronunciará, confirmando por quais crimes o homem será julgado. Segundo a acusação do Ministério Público, Nakamura cometeu dois homicídios qualificados.

De acordo com o documento assinado pela promotora Luciana Filomeno, Nakamura, que era próximo à família, foi até a casa das vítimas e durante uma discussão com Inês a golpeou. Ele teria levado Inês desacordada até o quarto dela.

A mulher despertou e, nesse momento, o assassino teria a asfixiado com as mãos. Com essa narrativa, a promotora concluiu que o homicídio teve os agravantes de motivo fútil, emprego de asfixia e pelo recurso que dificultou a defesa da vítima.

No caso de Franciele, o Ministério Público excluiu as qualificadoras sugeridas pela Polícia Civil de não ter dado chance de defesa à vítima e motivo fútil. No entendimento da acusação os agravantes foram o meio cruel, a emboscada e a tentativa de ocultar um crime cometendo outro.

Nakamura teria esperando Franciele voltar à residência. Os dois haviam se visto no começo da manhã, quando ele chegou ao local. Franciele foi morta com diversas facadas.

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